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Saúde mental: como enfermeiros podem auxiliar pacientes com sintomas psicológicos?

Saúde mental ainda é tabu para muitas pessoas no Brasil

A saúde mental é um estado de bem-estar do indivíduo, relacionada a como a pessoa reage às exigências da vida e como harmoniza seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. Portanto, ter saúde mental é tão importante quanto ter uma boa saúde física.

É necessário que os profissionais de saúde sejam capazes de identificar e orientar quando alguém precisar de ajuda nesse sentido. Ou seja, escutar e acolher o paciente, além de indicar o caminho para que a doença possa ser tratada, seja em estágio inicial ou avançado.

Neste artigo ressaltamos quatro dicas para ajudar os enfermeiros nessa missão. Confira!

Como está a saúde mental no Brasil?

O número de casos relacionados a problemas de saúde mental tem aumentado no país nos últimos anos. É o que indica a pesquisa da Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse (ISMA-BR), de 2019.

Nessa pesquisa global, o Brasil foi apontado como o segundo país com maior índice de pessoas com estresse, atrás apenas do Japão. E o principal motivo é o estresse no trabalho, que afeta 72% dos profissionais brasileiros.

Já com a ansiedade, o Brasil alcança o primeiro lugar no ranking mundial. De acordo com uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2019, o país tem a maior porcentagem de ansiosos no planeta. São 9,3% da população, ou seja, cerca de 18,6 milhões de pessoas.

Outras doenças mentais também apresentam números que chamam a atenção nessa pesquisa: a síndrome do pânico, com cerca de 5 milhões de casos no país, e a depressão, com 11 milhões.

Iniciada em 2020, a pandemia do Coronavírus impactou diretamente na saúde mental das pessoas. Segundo o Relatório Global sobre Saúde Mental divulgado pela OMS, em 2022, os casos de ansiedade e depressão aumentaram 25% no primeiro ano após o surgimento da Covid-19.

Fatores como o medo de contaminação, de perder familiares e amigos e o distanciamento social contribuíram para a alta.

Já outra pesquisa, feita em 2020 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), revelou dados que reforçam o aumento de problemas de saúde mental no país. Nada menos que 61% dos psiquiatras perceberam um aumento de prescrição de receituários A, B e C (substâncias psicotrópicas e/ou de uso controlado) e 68,6% aumentaram as prescrições de psicoterapia para seus pacientes.

Como identificar e ajudar pacientes com transtornos mentais?

Nos atendimentos médicos, os profissionais de enfermagem são os primeiros a terem contato com os pacientes. Por isso, são de extrema importância para identificação de alguns sinais de transtorno mental e orientação adequada. Embora o diagnóstico só pode ser concedido após exames e acompanhamento médico, esse primeiro atendimento é muito importante.. Confira algumas dicas.

Dica 1: pratique a escuta ativa com seu paciente

Na assistência em saúde, a escuta ativa é uma habilidade essencial, pois demonstra interesse, empatia e aproximação, além de ajudar a compreender melhor a situação em que o paciente se encontra.

O intuito é detectar o seu real problema e demonstrar que o profissional de saúde se importa com sua condição, aumentando as chances da criação de um elo de confiança entre ambos.

Dica 2: busque se informar ao máximo sobre saúde mental

A saúde mental é muito abordada em periódicos de saúde e tem conquistado cada vez mais espaço na mídia, inclusive após a pandemia de Covid-19 e propagação  de campanhas como Janeiro Branco e Setembro Amarelo. Estudar sobre o tema, a partir de evidências com comprovação científica, é a chave para  se manter atualizado com propriedade e respaldo técnico.

O enfermeiro deve aprender a identificar e diferenciar as doenças mais comuns, quais os principais sinais e sintomas e compartilhar experiências entre os colegas, a fim de auxiliar o paciente com uma compreensão mais efetiva, aprofundada e profissional. 

Dica 3: ajude a derrubar tabus contra tratamentos psicológicos

Apesar do avanço do debate sobre saúde mental nos últimos anos, tratamentos psicológicos ainda são um tabu para muitas pessoas e, até mesmo, alvo de preconceitos (a chamada psicofobia). Nesse sentido, o profissional de saúde deve auxiliar o paciente a vencer esse preconceito, por meio de informação, imparcialidade, paciência e abordagem de benefícios do tratamento.

De fato, é importante lembrar que a discriminação, o abuso e o desrespeito contra pessoas com transtornos mentais são passíveis de pena no Brasil. Contudo, alertar e debater o assunto é muito mais eficiente do que criminalizar.

Dica 4: ganhe o apoio dos familiares 

Acompanhar o dia a dia do paciente é muito importante,  por isso, os familiares são fundamentais para ajudar no convencimento de um eventual tratamento psicológico, além de fornecerem informações importantes a enfermeiros e demais profissionais de saúde, que podem auxiliar na “investigação” de problemas.

Então sempre ressalte a importância dos cuidados e atenção à saúde mental. O profissional da saúde é peça importante não apenas pelos cuidados oferecidos ao paciente, mas por seu papel de conscientização do tema.

Formação acadêmica de qualidade faz toda a diferença

Fazer uma graduação que garanta uma imersão nesse tema é importante para quem deseja chegar ao mercado de trabalho da saúde preparado para ajudar pacientes com esse tipo de problema, e  a graduação de Enfermagem da FASIG oferece ao aluno um contato com o dia a dia da profissão desde os primeiros semestres, além de estágio no Hospital IGESP,  garantindo uma experiência diferenciada e o melhor entendimento das necessidades desses pacientes.

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