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Coronavírus: 10 coisas que você precisa saber sobre a doença

Entenda porque medidas preventivas são fundamentais no combate ao vírus

Viradas de ano geralmente são momentos de enorme felicidade, esperança e renovação de projetos. No entanto, a virada de 2019 para 2020 ficou marcada por uma situação alarmante: a descoberta do novo Coronavírus (COVID-19), na China, em 31 de dezembro.

Pouco menos de três meses após os primeiros casos desta doença respiratória aguda grave, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a doença COVID-19 como pandemia. São mais de 200 mil casos em praticamente todo o mundo, sendo um enorme desafio aos setores de saúde pública e privada.

Como ainda não há tratamento específico para esse novo agente infeccioso, a única maneira de se manter menos suscetível a esse pesadelo mundial é com prevenção. Por isso, preparamos uma série de perguntas e respostas para esclarecer sobre alguns dos principais pontos sobre o novo Coronavírus.

1.  Quais são os melhores métodos de higiene?

Umas das mais eficientes medidas de prevenção é lavar as mãos com água e sabão frequentemente, em especial após tossir, espirrar, ir ao banheiro e mexer com animais. Isso porque o vírus pode ser transmitido por gotículas de fluidos, como saliva e catarro, que se espalham pelo ambiente.

Ao espirrar ou tossir, recomenda-se cobrir nariz e boca com o cotovelo ou lenço descartável.

Sair de casa somente quando necessário é outra ação que pode oferecer uma eficiente contribuição ao combate à doença, pois reduz drasticamente o número de pessoas ao qual você estará exposto.

2.  Máscaras faciais são totalmente eficientes?

De fato, máscaras oferecem proteção contra doenças respiratórias, mas devem ser usadas por quem está infectado. Porém, infelizmente, o uso inadequado deste item torna-o ineficiente. Um de seus problemas é o fato de, geralmente, serem folgadas, não promovendo uma “vedação” completa ao rosto do usuário.

Outro detalhe: para oferecer algum grau de proteção, as máscaras precisam ser trocadas com frequência ao longo do dia, pois agentes como suor prejudicam sua eficiência.

3.  Álcool em gel não ajuda no combate ao coronavírus?

Esse é um (de muitos) absurdos decorrentes de notícias falsas pela internet. O álcool em gel 70% oferece um elevado grau de proteção, pois o etanol é um poderoso antisséptico, destruindo mais de 99% de agentes infecciosos, como bactérias e vírus. Estudos promovidos há mais de 15 anos com a mesma família de vírus da doença apontam para esse índice.

Na ausência de álcool em gel, é recomendado lavar as mãos com água e sabão.

4.  O coronavírus é altamente letal?

Não. De acordo com o Worldometer, site especializado em dados geográficos em tempo real, o índice de letalidade da nova doença é de aproximadamente 4% (atualizado em 18/03, às 12h10). Foram 8.272 mortes entre 206.951 pessoas infectadas.

Esse número é muito reduzido se comparado, por exemplo, aos índices de mortes decorrentes de febre amarela no Brasil, entre 2017 e 2018. Segundo dados do Ministério da Saúde, foram 328 mortes em 1.127 casos registrados no período, ou seja, 29,1% de letalidade.

Evidentemente dados assim não significam que devamos abrir mãos de prevenções à COVID-19.

5.  Devo evitar viajar?

O Ministério da Saúde, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) recomendam que viagens para a China e outros países muito afetados pelo coronavírus devem ser realizadas somente em situações de extrema necessidade.

Caso seja impossível adiar tal viagem, é sugerido seguir as medidas de higiene pessoal mencionadas nesse texto, assim como evitar presença em meio a grandes aglomerações. Também dê preferência a alimentos cozidos, e não compartilhe talheres e objetos pessoais.

6.  Quais pessoas precisam ser isoladas?

Segundo recomendações do Ministério da Saúde, o isolamento (popularmente conhecido como quarentena) é indicado a quatro grupos de pessoas. O primeiro, de fato, é formado por pessoas acometidas pelo COVID-19. Além deles, são isoladas pessoas que:

  • eventualmente apresentaram casos assintomáticos;
  • denotam suspeita ao novo coronavírus;
  • tiveram contato direto com infectados, seja em domicílio ou trabalho.

Vale destacar que o isolamento é determinado por avaliação médica. Lembrando apenas que a recomendação atual é que a ida ao médico ocorra somente se a pessoa sentir diversos dos sintomas, sobretudo falta de ar. O intuito é não sobrecarregar as redes pública e privada de saúde.

Para reforçar: estudantes e profissionais de instituições que tenham suspendido suas atividades, a menos que estejam doentes, não se encontram em quarentena (ou isolamento)! Trata-se apenas de uma medida cautelar para tornar a propagação da doença menos eficaz. 

7.  Devo evitar compras on-line?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda não há estudos que comprovem quanto tempo o novo coronavírus sobrevive em superfícies ou no ar. Contudo, pesquisadores acreditam que ele se comporta semelhantemente a outros tipos de coronavírus. Sendo assim, pode resistir por até vários dias.

Ao menos neste primeiro instante, o ideal é evitar compras on-line. Mas, se já tiver esperando por sua encomenda, a sugestão é que, ao recebê-la, limpe a embalagem com um desinfetante. Evite tocar olhos, boca ou nariz. E lave as mãos após esse procedimento.

Embora encomendas internacionais demorem mais para chegar, portanto, reduzindo a possibilidade de o vírus estar “vivo”, vale destacar que vários países estão com índices de coronavírus muito superiores ao Brasil. Cautela é sempre bem-vinda!

8.  Animais domésticos podem transmitir coronavírus a humanos?

No fim de fevereiro, um cachorro foi detectado com índices discretos da doença, em Hong Kong, e passou por tratamento (isolamento). Ou seja, animais domésticos podem ser acometidos pela doença. Entretanto, ainda não há estudos que comprovem que os mesmos transmitam a doença a humanos.

Sendo assim, a recomendação é de manter boas práticas de higiene após contato com seus pets, como lavar as mãos com água e sabão.

Se por um lado não há comprovação de transmissão do vírus de animais domésticos a pessoas, o mesmo não pode ser empregado a animais silvestres. Segundo pesquisas, a primeira contaminação de humano pela doença pode ter ocorrido por conta da ingestão de carne de pangolim, um mamífero da África e Ásia, contaminado a partir das fezes de morcegos infectados.

9.    Grávidas correm mais risco de contrair a doença?

Há diversos estudos em curso quanto a essa possibilidade, porém há indícios que apontam para uma resposta positiva, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos. Afinal, durante a gravidez, a mulher passa por uma série de mudanças imunológicas e fisiológicas, que podem deixá-la mais suscetível a problemas de ordem respiratória e infecciosa.

Confira outros grupos de risco no infográfico.

10. Quando surgirá uma vacina para a doença?

Segundo Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID), o surgimento de um medicamento eficiente ao coronavírus deve levar em torno de um ano. Contudo, vale destacar algo: essa é uma estimativa. É irreal (e absolutamente irresponsável) afirmar um prazo para a criação de um antiviral eficiente à doença.

Um quesito animador, contudo, é a elevada mobilização mundial da comunidade científica em torno do assunto, algo que nos abre uma expectativa para uma produção e comercialização mais rápida da vacina, se comparada a outras doenças.

Diversas companhias biotecnológicas pelo mundo estão promovendo estudos para produzir antivirais à doença. Uma delas, a norte-americana Moderna Inc., desenvolveu, em 42 dias, uma vacina contra a COVID-19. Porém, esse é apenas o primeiro passo. Agora, a solução proposta pela Moderna será submetida a uma série de testes, para comprovar sua eficácia.

Clique aqui para conferir uma matéria do site da BBC sobre como epidemias como a do coronavírus chegam ao fim.

Recado final

Sem pânico! Essa é uma ótima oportunidade para ficarmos atentos às medidas básicas de comportamento e higiene em ambientes coletivos como escritório, ônibus etc. Respeite as boas práticas.

Ajude a evitar o coronavírus com essas dicas. Compartilhe esse texto com seus familiares e amigos, e lembre-se: a prevenção ao coronavírus é o melhor remédio!

Para conferir mais informações sobre o coronavírus, acesse o site do Ministério da Saúde.

 

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