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Câncer de mama: dicas para informar, alertar e acolher

Câncer de mama: conscientização e amor-próprio

A cada ano que passa esse movimento se fortalece e a luta contra o câncer de mama ganha maior visibilidade em todo o mundo. Dessa forma, com o objetivo de conscientizar a população sobre a prevenção através do diagnóstico precoce, os profissionais de saúde têm um papel significativo no combate à doença.

Contudo, o câncer de mama ainda é o tipo mais comum no sexo feminino e o número de casos só aumentam, segundo os órgãos responsáveis. Porém, se diagnosticado no início, as chances de cura podem chegar a 100%. Por isso, levar maiores informações é uma missão para quem mais entende do assunto: os médicos e enfermeiros. Confira alguns dados importantes, descobertas da tecnologia e dicas que preparamos para te ajudar!

Estatísticas sobre o câncer de mama

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), somente em 2022 foram diagnosticados 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil. Para 2023, o número estimado foi de 73.610.

Outros números foram levantados pela Federação das Entidades Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), confira:

  • 54% das mulheres subestimam a importância da mamografia;
  • 38% dos diagnósticos são realizados em fases já avançadas da doença;
  • 17% dos casos podem ser evitados a partir de hábitos saudáveis;
  • 67% dos pacientes que tiveram câncer de mama já haviam passado pelo diagnóstico de alguém próximo;
  • 90,8% é a taxa de sobrevivência relativa de 5 anos;
  • 37% dos casos levam mais de 30 dias para confirmação.

Outubro Rosa e o câncer de mama

De acordo com a Lei nº 13.733 foi instituído o Outubro Rosa e ficou estabelecido que o mês seria um período destinado a ações para conscientização e prevenção do câncer de mama.

No entanto, o Inca (Instituto Nacional do Câncer) atua desde 2010 na disseminação de informação, realização de eventos, debates e divulgação de materiais relativos à doença.

Sobretudo, as ações do Outubro Rosa podem ser identificadas em diversos lugares, fazendo parte da agenda de muitas instituições e empresas. Há iluminação de prédios públicos com luzes na cor rosa, eventos e palestras para promover o tema e muitos outros materiais explicativos disponibilizados pela mídia e pelo governo para a população.

Conscientização e prevenção para o câncer de mama

Principais fatores de risco

Antes de mais nada, você precisa saber que o câncer de mama não tem uma única causa, pois diferentes fatores podem aumentar os riscos e levar à doença.

Dessa forma, ao encontrar pacientes com suspeita de câncer de mama, é muito importante alertar sobre os fatores relativos à idade, quadros endócrinos, histórico reprodutivo da mulher, comportamentos, hábitos e agentes hereditários. E para que você ajude a promover o autocuidado, listamos abaixo os três principais, confira:

  1. Ambientais: obesidade ou sobrepeso, principalmente após a menopausa, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica e exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X).
  2. Hormonais: primeira menstruação antes de 12 anos, não ter tido filhos, primeira gravidez após os 30 anos, não ter amamentado, parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos, ter feito reposição hormonal.
  3. Genético: histórico familiar de câncer de mama e ovário, principalmente em parentes de primeiro grau antes dos 50 anos ou alteração genética.

Câncer de mama: sinais e sintomas para alertar

Alterações no bico do peito (mamilo), pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja, pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço, saída de líquido anormal das mamas são alguns sinais que podem indicar câncer de mama.

Mas atenção! Se o paciente possui um ou mais desses fatores de risco, isso não significa, necessariamente, que ele tem a doença. No entanto, é importante investigar essas alterações o quanto antes.

Todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é, e o que não é normal em suas mamas. Afinal, são as próprias mulheres que descobrem a maior parte dos casos de câncer, por isso, é importante informar como cada paciente pode fazer o autoexame de maneira simples e rápida. E, claro, incentivando sempre que procurem um médico, assim que perceberem qualquer alteração nas mamas.

A Inteligência Artificial pode ajudar no diagnóstico do câncer de mama

Estudo recente pode aumentar as chances de cura e de sobrevida de pacientes com câncer de mama, através de um diagnóstico ainda mais rápido. A descoberta é da pesquisadora Daniella Castro Araújo, doutoranda do Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

A pesquisadora desenvolveu um método que auxilia médicos a interpretar exames de sangue com um algoritmo de inteligência artificial (IA). Dessa forma, a tecnologia pode ajudar a identificar de maneira precoce o câncer de mama. Daniella divulgou que a IA foi utilizada para reconhecer padrões em grupos de pacientes com e sem câncer e a sua aplicação pode ajudar a otimizar a fila da mamografia, já que há muitas mulheres que não têm acesso a esse exame.

A tecnologia é desenvolvida em  um aplicativo de análise de bancos de dados de instituições como o Hospital de Amor, em Barretos (SP), e o Grupo Fleury, rede de laboratórios com atuação em São Paulo. De forma que eles reúnem resultados de exames como mamografias, exames de sangue e biópsias usadas para diagnosticar o câncer de mama de forma precisa.

Após isso, separaram mulheres em dois grupos distintos, um formado de pacientes com a doença e outro formado por pacientes sem. Na sequência, os exames de sangue realizados até seis meses antes do diagnóstico final foram avaliados. A taxa de acerto chegou a 70% e se incluídos mais dados, como laudos e outros exames no histórico, pode chegar até 90% de acerto.

Como ajudar um paciente que recebeu o diagnóstico?

  1. Primeiramente, incentive-o a ser paciente e respeitar o ritmo de suas próprias limitações. Afinal,  elas são temporárias e gradativamente as coisas tendem a se normalizar;
  2. Informe que não é necessário tentar consertar tudo de uma vez, afinal, ele está em um processo de recuperação. Dessa forma, estimule um ponto de vista de esperança e otimismo;
  3. Incentive que o paciente decida quais são as coisas mais importantes para se fazer;
  4. Aconselhe o descanso para que ele concentre sua energia no tratamento;
  5. Converse sobre o contexto familiar, o estimulando a pedir ajuda e evitar fazer tudo sozinho;
  6. Informe sobre todas as ações que podem reduzir os efeitos colaterais do tratamento;
  7. Acolha! Tente passar as informações de forma real, mas evitando termos técnicos e frios.

Por fim, como sabemos, não há uma forma específica de lidar com o câncer de mama, sendo assim, apenas seja gentil com seu paciente e mostre seu apoio do início ao fim do tratamento.

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