Recentemente, a vacinação contra a COVID-19 aqueceu vários debates polêmicos nas redes sociais sobre a imunização. E entre os assuntos discutidos, muitas dúvidas básicas foram levantadas sobre o trabalho da enfermagem nesse processo.
A princípio, vamos esclarecer alguns pontos importantes sobre a Vacinação e Enfermagem. E entender qual é o papel do enfermeiro na vacinação. Acompanhe!
A imunização em massa depende da Enfermagem
Segundo o Cofen – Conselho Federal de Enfermagem, mais de 50% dos profissionais da saúde no Brasil são enfermeiros. E, entre as atribuições da área, está a aplicação e a gestão dos medicamentos.
Nesse sentido, é possível entender por que os planos de imunização no Sistema Único de Saúde (SUS) em larga escala estão com os enfermeiros.
Além disso, o código de ética da classe exige profissionais dotados de conhecimento técnico e científico para o exercício seguro da imunização, o que evita vários problemas.
Enfermeiros e enfermeiras devem entender a imunização
Primeiramente, vale explicar que a vacinação estimula as defesas naturais do corpo a criarem resistência às infecções especificadas, fortalecendo o sistema imunológico com anticorpos.
Então, são feitas por especialistas a partir de formas mortas ou enfraquecidas dos patógenos, justamente para não causarem complicações nos pacientes.
Ao mesmo tempo, os enfermeiros devem avaliar o cenário da situação epidemiológica na área de abrangência onde o serviço de vacinação está inserido.
A razão para isso é simples. Por estarem em contato com a população, os enfermeiros explicam como são feitas, como funcionam e quais as possíveis reações ou eventuais cuidados usando a linguagem apropriada.
Para que todo o processo seja seguro, as atividades da imunização requerem cuidados técnicos em procedimentos feitos antes, durante e após a administração dos imunizantes. Então, veja a seguir.
A Enfermagem segue as recomendações científicas da vacinação
Quem acha que a função da Enfermagem é só a aplicação da vacina, está enganado! Sem dúvidas, a categoria desempenha uma atividade bem mais complexa. Sendo assim, os profissionais são responsáveis por vários aspectos, como:
- Informação sobre a doença e a vacina.
- Avaliação e monitoramento epidemiológico.
- Manuseio do material imunizante e dos instrumentos.
- Conservação do produto em termos de qualidade e temperatura.
- Preparo da dose correta, incluindo a diluição etc.
- Acolhimento e administração do imunizante no paciente.
- Registro do processo realizado.
- Descarte dos resíduos de forma segura e apropriada.
- Fornecimento de relatórios sobre o serviço prestado.
- Gestão da equipe, processos, recursos e vacinas disponíveis.
Então, a equipe mínima sugerida pelo Cofen é composta por um enfermeiro e um técnico ou auxiliar de enfermagem, sendo recomendada a presença de dois vacinadores para cada turno de trabalho.
A Enfermagem deve combater os mitos sobre a vacinação
A rapidez no processo entre estudos preliminares e a produção de vacinas contra COVID-19 criou dúvidas e mitos em várias partes do mundo. Nesse sentido, a propagação de boatos (fake news) atrapalha o trabalho dos profissionais de saúde.
Ou seja, as equipes de Enfermagem devem estar prontas para desmentir qualquer fake news, apresentando dados e estudos de fontes científicas.
Então, veja alguns mitos comuns na pandemia:
- Quem tem COVID-19 não pode se vacinar? Não, a vacinação é para todos!
- Vacina de gripe protege da COVID-19? Não, pois os vírus são diferentes!
- Vacina de RNA altera DNA? Negativo.
- Vacinas causam autismo? Boato! Não há evidência dessa associação.
- Vacinas oferecem 100% de proteção. Não chegam a tanto, mas protegem bastante!
A vacinação pode erradicar doenças
As vacinas representam um ganho de vida no conceito de imunidade coletiva ou de rebanho, onde uma quantidade satisfatória de população vacinada detém a propagação de doenças.
Por exemplo, segundo a Fiocruz, a vacinação erradicou a varíola e a poliomielite (paralisia infantil) no Brasil.
Nesse campo, a ciência sempre continua avançando. O nosso país, por exemplo, integra um estudo internacional de uma vacina promissora contra o vírus HIV, em testes avançados.
Acontece que, naturalmente, por conta do novo coronavírus, muito se discute sobre as vacinas contra o COVID-19, mas todas são desenvolvidas por cientistas especializados em numerosos estudos imunológicos, genéticos e ligados à infectologia.
Ou seja, antes de serem licenciadas pela Anvisa ou outros órgãos competentes, passam por testes complexos desde a fase laboratorial até os estudos em humanos para confirmar sua segurança e eficácia.
E dentro desse contexto, a Enfermagem tem uma formação apropriada e um papel absolutamente necessário!
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