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Vacina bivalente: tudo o que você deve saber sobre ela

Vacina bivalente oferece proteção contra a variante ômicron da covid-19

Recentemente, mais uma arma para combater a covid-19 foi disponibilizada para a população brasileira: a vacina bivalente, que protege contra a variante ômicron, do coronavírus, e suas sub variantes.

Receber a dose de reforço do imunizante é fundamental para a população em geral e, especialmente, para os profissionais de saúde, uma vez que desde o início da pandemia o coronavírus vem sofrendo mutações.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a vacinação contra a doença salva-vidas e impede que as pessoas adoeçam de maneira grave. No entanto, muitas pessoas ainda têm receio da nova vacina ou não estão dispostas a tomar mais uma dose. 

Neste artigo, falaremos sobre a importância de receber a dose de reforço com a vacina bivalente, e como você pode esclarecer as dúvidas de seus pacientes sobre esse assunto. 

O que é a vacina bivalente? Para que serve? 

Antes de entendermos o que são vacinas bivalentes, é preciso compreender outro tipo delas: as monovalentes, produzidas a partir da cepa original do Sars-CoV-2. Dessa forma, vale ressaltar que essas foram as primeiras disponibilizadas no mercado, ainda em meados de 2020.

Embora apresentem alto grau de eficácia, não protegem totalmente contra a infecção pela variante ômicron, prevalente no mundo. A vacina bivalente, por sua vez, oferece proteção extra contra essa variante e suas sub variantes, pois foi feita com o RNA mensageiro tanto com a cepa original quanto da ômicron.

Um estudo publicado no periódico norte-americano New England Journal of Medicine mostrou que as doses de reforço feitas com as vacinas monovalentes possuem 25% de eficácia, já com as bivalentes, esse índice chega a 62%. E, de maneira geral, as bivalentes são 37% mais efetivas na prevenção a casos graves do que os imunizantes originais.

Vacine-se e informe seus pacientes sobre a importância desse ato 

Para que sejam alcançados os objetivos da vacinação, é preciso que, pelo menos, 70% da população esteja integralmente imunizada. Dessa forma, a prioridade deve ser dada para trabalhadores das áreas da saúde e grupos vulneráveis, como pessoas com mais de 60 anos, imunocomprometidos e portadores de comorbidades, afirma a OMS. No Brasil, esse número já supera os 80%. 

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão sanitário dos Estados Unidos, ressalta que todos os adultos em condições de receber a dose de reforço com a vacina bivalente devem fazê-lo. Para isso, a entidade encoraja os profissionais da saúde a informar seus pacientes sobre a importância das doses de reforço utilizando evidências científicas sobre os benefícios de manter a imunização atualizada, além de alertar sobre os riscos decorrentes da queda no grau de proteção que acontece com o tempo. 

Mas como diminuir o receio do paciente?

É muito importante que todos tomem a dose de reforço com a vacina bivalente contra a covid-19. Contudo, alguns pacientes se recusam a tomar a dose de reforço com a vacina por medo dos possíveis efeitos colaterais.

Para diminuir o desconforto, bem como medos e incertezas, o melhor caminho é informá-los sobre as possíveis reações adversas e como tratá-las.

Na bula do imunizante constam uma série de reações, subdividas em quatro faixas de prevalência: muito comuns, comuns, incomuns e muito raras. Conheça cada uma delas.

Muito comuns (ocorrem em até 10% dos pacientes):

  • Dor nos músculos e articulações;
  • Dores de cabeça;
  • Dor no local da injeção;
  • Cansaço;

Comuns (de 1% a 10% dos pacientes):

  • Diarreia;
  • Vômito;
  • Febre;
  • Inchaço;
  • Vermelhidão no local da injeção.

Incomuns (de 0,1% a 1% dos pacientes):

  • Aumento dos gânglios linfáticos;
  • Tontura;
  • Náusea;
  • Suor noturno;
  • Mal-estar.

Muito raras (até 0,01% dos pacientes):

  • Miocardite;
  • Pericardite.

Brasil apresenta estratégia vacinal em etapas 

Em todo o país, o imunizante utilizado é produzido pela Pfizer, e disponibilizado para a população em etapas. Portanto, a vacina bivalente pode ser aplicada em quem completou o esquema vacinal de ao menos duas doses com imunizantes produzidos por qualquer farmacêutica. 

Para saber quando e onde tomar a vacina, verifique o cronograma no site do Governo da sua localidade.

Saiba os passos para receber a vacina bivalente

Para profissionais de saúde garantirem uma dose da vacina é muito simples: basta se dirigir a um posto de vacinação, com o cartão de vacinação, documento de identificação e a comprovação de trabalho em mãos. Também é importante lembrar que é preciso respeitar o intervalo de, pelo menos, quatro meses da última imunização contra a covid-19.

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