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Vacinação: uma forma simples de proteger a vida

É necessário evidenciar que faz parte do nosso papel como cidadão nos vacinarmos

Atualmente, a vacinação se tornou um assunto amplamente discutido no Brasil e no mundo. Ao longo da história, se comprovou que as vacinas foram fundamentais para o aumento da expectativa de vida e para a redução das taxas de mortalidade infantil no país.

Neste artigo, vamos conhecer a importância das vacinas e como a imunização em massa foi fator determinante para a diminuição de casos graves e óbitos decorrentes de doenças. Confira a seguir.

O que são as vacinas e como elas atuam no organismo?

As vacinas são agentes imunizadores produzidos a partir do próprio causador da doença – vírus e bactérias. Elas são responsáveis por desencadear em nosso corpo uma resposta imunológica, evitando as complicações de saúde.

Quando somos atacados por um agente estranho, nosso organismo inicia uma reação em cadeia para produzir anticorpos. Entretanto, esse processo pode levar até duas semanas e há risco de adoecimento até o nosso sistema imunológico combater esses invasores. É aí que entram as vacinas, que estimulam o sistema imune a produzir a defesa necessária, deixando nosso corpo pronto para enfrentar as possíveis invasões desses agentes.

A vacina gera uma memória imunológica que garantirá que nosso corpo seja capaz de reconhecer um agente estranho. Sendo assim, quando o indivíduo é vacinado, o organismo tem a oportunidade de prevenir a doença sem os riscos da própria infecção.

Impacto das vacinas na população

A imunização em massa é de extrema importância no combate de doenças graves que podem levar a complicações e epidemias. Seus benefícios vão além do âmbito individual – quanto maior o número de pessoas vacinadas, maior a chance de evitar surtos e também de erradicar doenças.

Dito isso, baixos índices de cobertura vacinal são um grave problema de saúde pública pela retomada da circulação de doenças imunopreveníveis, ou seja, que podem ser evitadas através da vacina, e pelo aumento das demandas de serviços de saúde, principalmente pela população mais vulnerável – crianças, idosos e indivíduos com comprometimento do sistema imunológico (imunocomprometidos).

Infelizmente, a propagação de informações falsas e o avanço de movimentos antivacina têm feito as taxas de vacinação no Brasil caírem nos últimos dez anos, deixando a população vulnerável a doenças já erradicadas no país, como a poliomielite e o sarampo. A cobertura da vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) caiu para 71,4% em 2021, comparada a 86,2% em 2017, segundo pesquisa do Ministério da Saúde (OMS), em 2021, contribuindo para o aparecimento de novos surtos de sarampo, por exemplo.

O Brasil já foi considerado livre do sarampo e recebeu o certificado da eliminação da doença pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em 2016. Três anos depois, o país perdeu esse status, sendo a queda nas taxas de vacinação a principal causa do ressurgimento da doença.

A vacinação contra a poliomielite segue o mesmo padrão: a procura caiu de 96,5% em 2012 para 67,6% em 2021, ainda segundo a OMS. Um dado preocupante, visto que, enquanto o vírus da paralisia infantil não for erradicado no mundo, existe o risco de surgirem casos de outras regiões e o vírus voltar a circular em território brasileiro.

Doenças erradicadas por meio da vacinação

A primeira doença erradicada através da vacinação foi a varíola. A taxa de mortalidade era bastante elevada, em torno de 30%, e não existia tratamento efetivo. O último caso foi diagnosticado em outubro de 1977 e, em 1980, a OMS confirmou a erradicação em todo o mundo.

Outra doença erradicada através da imunização é a poliomielite, mas não em todos os países. O último paciente foi identificado no Brasil em 1989 e, em 1994, a região das Américas recebeu o certificado de eliminação da transmissão do vírus da doença. Apesar de não haver mais a circulação do vírus no Brasil, as campanhas permanecem como medida de segurança para a saúde, uma vez que há registros endêmicos em alguns países.

Calendário Nacional de Vacinação

O sucesso das campanhas de vacinação contra a varíola mostrou que a vacinação em massa tinha o poder de erradicar doenças. Assim, em 18 de setembro de 1973, por determinação do Ministério da Saúde, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) foi criado com o objetivo de sistematizar as ações de vacinação no país, bem como parte dos esforços para manter as taxas de vacinação elevadas e reduzir as graves manifestações de doenças.

Posteriormente foi criado o Calendário Nacional de Vacinação, a fim de orientar e planejar a imunização em períodos específicos para doenças graves. Nele, estão listadas 20 vacinas para crianças, adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos indígenas, sendo 18 dessas vacinas só para crianças e adolescentes – todas recomendadas pela OMS e distribuídas gratuitamente pelo Sistema único de Saúde (SUS).

Atualmente, o Brasil é um dos países que mais oferecem vacinas à população, disponibilizando mais de 300 milhões de doses gratuitas anualmente – sem considerar as atuais vacinas contra a Covid-19.

Impacto da vacina na pandemia da Covid-19

Assim como em outras doenças, a vacina se mostrou essencial no combate ao Coronavírus, além de frear o surgimento de novas variantes. Em agosto de 2021, o Brasil registrou a menor média móvel de mortes e casos de Covid-19 desde janeiro do mesmo ano, um reflexo direto das campanhas de vacinação.

Além disso, um estudo realizado pela Universidade de Londrina, no Paraná, mostrou que 75% das mortes registradas nos primeiros dez meses de 2021 ocorreram em indivíduos que não foram imunizados contra a doença.

A vacinação protegeu todas as faixas etárias de hospitalizações e mortes, incluindo idosos com mais de 80 anos, reforçando a importância da imunização em massa para a proteção de toda a população, principalmente grupos de risco.

A conscientização é o caminho

É preciso reforçar que faz parte do nosso papel como cidadão nos vacinarmos. Mas caso haja alguma dúvida sobre vacinação ou imunização, a melhor forma de sanar suas questões é procurar um médico ou enfermeiro, principais responsáveis no processo das vacinações em massa. São os profissionais da saúde que podem lhe orientar de maneira correta.

Até porque, diante do contexto das já citadas fake news, onde há o aumento da desconfiança da eficácia das vacinas, a atenção à educação e a busca por fontes confiáveis são fundamentais.

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