A área da saúde é composta por uma extensa lista de profissões de extrema importância para os cuidados humanos. E uma delas é a do enfermeiro socorrista, que exerce um papel fundamental no Brasil.
Neste artigo, trazemos detalhes importantes para você conhecer mais sobre a atuação desse profissional, como ingressar no setor e muito mais.
Tenha uma boa leitura!
O que faz um enfermeiro socorrista?
O enfermeiro socorrista é responsável pelo atendimento pré-hospitalar a pacientes, seja em âmbito de urgência ou de emergência, diretamente no local do acontecimento. Seu objetivo é evitar e minimizar danos físicos à vítima e, caso necessário, encaminhá-la com o auxílio da equipe de resgate a um hospital.
Se essa definição por si só já é um indício da relevância do socorrista e de seus colegas de resgate, alguns índices de acidentes no país tornam essa equipe ainda mais destacada. Entre os quais:
- O Brasil é um dos líderes mundiais em acidentes de trânsito. De acordo com levantamento da Secretaria Nacional de Trânsito, apenas em 2021 foram registrados mais de 632 mil acidentes no país, com 11.647 mortos.
- Segundo dados do Ministério da Saúde, o número de acidentes domésticos quase dobrou entre 2019 e 2020 no país: de 18 mil para 32 mil.
- Doenças cardiovasculares resultaram em mais de 320 mil mortes no Brasil em 2021, segundo a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
- Em 2021, um levantamento coordenado pelo site G1, Universidade de São Paulo (USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública registrou 41.069 homicídios no país. Embora represente uma queda de 7% em relação à pesquisa de 2020, o índice de homicídios ainda é elevado: de aproximadamente 19,25 a cada 100 mil habitantes.
De fato, esses são números alarmantes. Contudo, agora tente imaginar como poderiam ser ainda piores sem o suporte efetivo das equipes de resgate.
E quais são os atributos indispensáveis para ser um bom socorrista?
Intensidade é uma das palavras-chave do dia a dia do enfermeiro socorrista, não apenas pelo elevado índice de ocorrências, como vimos no tópico anterior. Esse profissional precisa estar preparado para agir a todo instante e tomar decisões rápidas, que podem implicar diretamente na vida do paciente.
Nesse sentido, além de conhecimento técnico, há atributos que ao serem dominados tornam a resposta do socorrista mais eficiente em meio a esse cenário desafiador. Destacamos três deles abaixo.
Atributo 1: tenha equilíbrio emocional
Além de estar em um constante estado de alerta, o socorrista infelizmente entrará em contato com cenas muito impactantes, desagradáveis. E, geralmente, tanto vítimas quanto demais envolvidos se encontram em um estado emocional alterado, de elevado estresse.
Desse modo, ao não se deixar levar pelo calor da situação, o profissional transmite confiança e calma às pessoas no cenário do resgate. Ou seja, algo importante para a manutenção da ordem no local.
Atributo 2: priorize o espírito de equipe
Embora seja uma figura fundamental, o enfermeiro socorrista não está sozinho na equipe de resgate. Portanto, é importante ter uma mentalidade de trabalho coletivo, em que as ações sejam coordenadas aproveitando a expertise de cada profissional, assim como de eventuais equipes de apoio, como polícia e corpo de bombeiros.
Atributo 3: um bom enfermeiro socorrista cuida bem de si
Você já ouviu aquela máxima de que “cuidar de si é cuidar do outro também”? Pois bem, ela se aplica perfeitamente ao enfermeiro socorrista.
Em linhas gerais, quando esse profissional se encontra saudável física e mentalmente, até mesmo suas tomadas de decisões durante o resgate se tornam mais rápidas e efetivas.
Nesse contexto, há algumas práticas que auxiliam o enfermeiro a cuidar de sua saúde. São elas:
- Buscar um descanso diário de qualidade;
- Ter uma dieta equilibrada;
- Praticar atividades físicas com regularidade;
O que é necessário para ser um enfermeiro de resgate?
Antes de começar a trabalhar na equipe de resgate, é necessário realizar cursos e treinamentos, que te capacitam e desenvolvem competências sobre como se deve responder em uma emergência.
Após a conquista do diploma de Enfermagem, o primeiro passo é obter a certificação TEM (Técnico em Emergências Médicas).
Para fazer parte da equipe de socorrista, é preciso ter concluído o curso TEM-I e todo o extensivo curso de treinamento em Suporte Avançado à Vida (SAV).
Os cursos básicos e avançados de TEM são oferecidos por empresas certificadas e se dividem basicamente em três categorias: TEM-B, TEM-I e TEM-A. Mas o que significa cada uma delas? Vejamos abaixo.
- TEM-B (Técnico em Emergências Médicas-Básico) é destinada ao profissional que realiza procedimentos simples de emergência, como o suporte básico de vida (SBV), para socorrer uma pessoa que esteja sofrendo de falência respiratória e/ou circulatória.
- TEM-I (Técnico em Emergências Médicas-Intermediário) habilita o profissional para executar procedimentos de SBV e alguns procedimentos invasivos sob supervisão.
- TEM-A (Técnico em Emergências Médicas-Avançado), que se refere ao socorrista habilitado para realizar procedimentos invasivos e ministrar medicamentos sob supervisão médica indireta.
Logo, tão importante quanto essa formação complementar é se atentar à sua formação em Enfermagem. Portanto, na hora de escolher a sua faculdade na área, leve em consideração aquelas que prezam por um ensino prático e de qualidade, como é oferecido na graduação da FASIG.
A atuação do socorrista não se restringe ao SAMU
Normatizado no Brasil em 2004, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é uma referência mundial em seu segmento. Contudo, a boa notícia é que esse órgão não está sozinho: há uma série de empresas particulares que prestam serviços de atendimento móvel com elevada qualidade e muitas vagas de trabalho.
Essa é uma excelente notícia não apenas à população, mas também ao enfermeiro socorrista, que possui um vasto e promissor mercado para sua atuação profissional.
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