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FASIG

O papel da enfermagem

A importância da equipe para uma assistência de qualidade
Historicamente a enfermagem é a equipe que interage com todas as áreas de suporte da instituição, tendo papel importante na melhoria contínua da qualidade, do atendimento aos pacientes e do desempenho organizacional. Os profissionais da enfermagem lidam diretamente com os clientes todos os dias, o que os tornam um elo importante na corrente de comunicação com toda equipe multiprofissional na busca do melhor atendimento, dessa forma a preocupação da equipe em seguir à risca os regulamentos internos, protocolos e rotinas é premissa para a qualidade assistencial da instituição.

“Nossa visão na qualidade do atendimento, vai além da análise dos indicadores assistenciais, a instituição contempla o atendimento holístico, visão humanizada, capacitação técnica e científica e gerenciamento adequado das unidades”, comenta Rosângela Bova, Gerente de Enfermagem do IGESP. O foco atual da gerência de enfermagem é incentivar e desenvolver o perfil gerencial dos enfermeiros assistenciais, para obter como resultado um profissional com perfil crítico e reflexivo, com competência técnica, ética e educativa.

Rosângela relata que as vantagens são identifica- das numa prática gerencial sustentada cientificamente, na atuação de um profissional mais seguro no desempenho de suas atividades, no aprimora- mento do trabalho em equipe e na satisfação dos pacientes, familiares e equipe médica.
O organograma da equipe de enfermagem do hospital mantém no seu escopo gestores e coordenadores especialistas que atuam nas 24 horas. A equipe conta com enfermeiros assistenciais com conhecimento em gestão, e são treina- dos e estimulados a realizarem plantões como supervisores , fortalecendo sua autonomia na resolução imediata das necessidades e angustias dos pacientes, familiares e assessoria às equipes médica e gerencial.

EDUCAÇÃO CONTINUADA
A Organização Mundial da Saúde – OMS, reconhece a educação continuada como essencial para a qualidade da assistência à saúde nas instituições e entende que ela faz parte do desenvolvimento dos recursos humanos, num esforço sistemático de melhorar o funcionamento dos serviços por meio do desempenho do seu pessoal.

Ampliando o conceito de educação, visto que as exigências atuais não requerem apenas um profissional com capacitação técnica, mas também, comprometido com seu trabalho e com o atendimento humanizado. Seguindo essa tendência o IGESP criou um diferencial no plano de treinamento da enfermagem atribuindo a função de educador ao coordenador e gestor das unidades.

A implantação permitiu a valorização dos gestores de enfermagem especialistas nas áreas de atuação, à medida em que seus conhecimentos são compartilhados com os colegas desde o processo de integração de novos colaboradores. Foi desenvolvido um plano de treinamento anual que permitiu melhorar o tempo assistencial transformando as práticas reais do setor em atualização técnica científica.

O gestor da área envolvido com a capacitação da sua equipe, gerou ótimos resultados adequando e otimizando os horários das atividades práticas e de capacitação, baseado num olhar mais focado nas áreas de atuação. A preocupação do IGESP com o desenvolvimento de pessoas vai além do ambiente hospitalar. Em 2015 foi criado um programa de treinamento denominado “Aprendiz Primeiros Socorros”, voltado para os filhos dos colaboradores.

Sempre no mês de Outubro, em comemoração ao mês da criança, o hospital convida a garotada de 07 a 14 anos para participar. O curso é ministrado pelos próprios enfermeiros do hospital e tem uma abordagem teórico-prática com o objetivo de ensinar às crianças e adolescentes, noções básicas de primeiros socorros e a importância da utilização das orientações na sobrevida do paciente, tornando-os inclusive, multiplicadores dos ensina- mentos aos adultos. Entre os temas de maior impacto abordados no programa de treinamento estão parada cardiorrespiratória, Intoxicação, desobstrução de vias aéreas, afogamento e imobilizações.

ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a expectativa de vida hoje é de 74 anos (no Brasil, 75 anos) e será de 81 anos em 2050. A pirâmide populacional encontra-se em transformação e sofrerá inversão, levando ao predomínio de idosos em relação às crianças. O IGESP atento a essa realidade e acostumado com o perfil desse paciente que aponta nas unidades de internação, voltou sua atenção às necessidades assistenciais desse público e estratificou as fragilidades da equipe de enfermagem no cuidado ao idoso hospitalizado.

“Verificamos que as limitações dos pacientes, grau de dependência, comportamentos e hábitos, culminavam com a alta demanda de trabalho da equipe. Frente a isso, aprimoramos o cuidado integral para um novo modelo, onde o cuidado focado passou a fazer a grande diferença na assistência”, comenta Rosângela. Em análise quantitativa do tempo de atendimento da enfermagem aos pacientes foram identificados dois procedimentos que demandam muitas horas de atenção da enfermagem, o banho e o transpor- te, por isso foram criadas duas equipes para realização do banho de leito/auxílio e o transporte dos pacientes intrasetoriais. A implantação foi um sucesso, permitindo à equipe de enfermagem das unidades de internação, realizar suas atividades

EQUIPE ‘‘BEM ESTAR’’
O objetivo dessa equipe é dar assistência humanizada na hora do banho, principalmente ao idoso internalizado ou paciente com alto grau de dependência nas unidades de internação. Especialistas enfatizam que o banho, além de oferecer à enfermagem uma grande oportunidades para conhecer seu paciente, identificar seu estado emocional e suas necessidades, possibilita também verificar as condições da pele, as áreas que estão sofrendo pressão, além de ouvir queixas de dores e desconforto.

Partindo do fato de que cada paciente é uma célula carregada de hábitos, o procedimento é realizado respeitando as limitações funcionais e suas características pessoais , seja o horário do banho, produtos particulares de higiene ou até a forma de pentear o cabelo. A capacitação dessa equipe, composta por auxilia- res de enfermagem, foi realizada através do embasamento técnico, seguimento dos protocolos institucionais e principalmente da sensibilização para proporcionar o bem estar dos pacientes durante o processo terapêutico do banho.

Com essa implantação a equipe de enfermagem da unidade de internação ganhou mais tempo para o processo assistencial, melhorando a escuta ao paciente e familiares, aumentando significativamente sua satisfação, conforme indicadores tabulados pela ouvidoria.

NÚCLEO DE TRANSPORTE INTRA-HOSPITALAR
Mantendo a preocupação no cuidado individual, também foi criado o núcleo de transporte. Célula responsável pelo deslocamento dos pacientes dentro da instituição, garantindo sua segurança, evitando ocorrências e otimizando o trabalho dos demais profissionais da enfermagem no desempenho da assistência direta ao paciente. A equipe tem sua base no Pronto Atendimento e os critérios para acionamento surgem da alta hospitalar, transferência entre setores e encaminhamento para exames.

GRUPO DE PELE

As lesões de pele constituem um problema de saúde que altera a qualidade de vida dos pacientes e tem impacto no tempo da assistência de enfermagem e nos custos de recursos materiais. O tratamento do paciente com lesão instalada deve ser dinâmico, visando a avaliação rápida, indicação do tratamento e sistematização da assistência. Dessa forma é necessário para o profissional de enfermagem que trabalha com prevenção e tratamento de feridas o conhecimento da fisiologia da pele, da cicatrização, dos fatores de risco e das etapas do processo, como também dos produtos disponíveis no mercado e sua correta indicação.

Segundo Rosângela, para uma atuação preventiva foi necessário implantar uma equipe independente e capacitada para trabalhar com a prevenção das lesões e no tratamento adequado das instaladas, reduzindo o tempo de internação.
 A Comissão de Prevenção e Cuidados com a Pele tem sua efetividade observada pelo número crescente de pedidos de consultas por diversas categorias profissionais e pelo envolvimento dos profissionais da enfermagem na campanha de prevenção de úlceras por pressão.

Além do impacto positivo, pode-se destacar como ganho institucional, a elaboração de protocolos que orientam condutas padronizadas, com o uso racional e adequado da tecnologia disponível, evitando gastos desnecessários e riscos aos pacientes. “Os enfermeiros das diversas áreas do hospital já foram capacitados, mas o programa de treinamento mantém o foco na reciclagem permanente desses profissionais para garantir a atualização e o alinhamento de novas diretrizes, preparando-os para atuarem na assistência ao paciente e nas discussões com a equipe multiprofissional”, conclui Rosângela.

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