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Câncer de próstata: 6 estudos recentes que você precisa conhecer

O câncer de próstata causou quase 16 mil mortes no Brasil em 2020

Muito se fala sobre câncer de próstata, especialmente em épocas próximas a novembro, quando ocorre a campanha de conscientização e prevenção da doença: o Novembro Azul. Contudo, esse é um cenário diferente para a comunidade científica, que tem empenhado esforços contínuos na busca por conhecer mais sobre esse tipo de câncer.

Apenas o ClinicalTrails.gov, divisão da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos que registra ensaios clínicos, contabiliza mais de 6.300 estudos sobre câncer de próstata em todo o mundo.

Diante disso, preparamos este artigo para você conhecer algumas das pesquisas mais promissoras sobre a doença em 2022.

Quais são os números do câncer de próstata no Brasil e no mundo

De acordo com a pesquisa Registros de Câncer e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, esse é o segundo tipo de câncer mais comum entre homens no país, atrás somente do câncer de pele.

Apenas entre janeiro e novembro de 2022, 71.730 novos casos da doença foram registrados no Brasil. Isso corresponde a nada menos que 30% dos cânceres em pessoas do sexo masculino, excluindo neoplasias de pele (não melanoma).

Aliás, para se ter uma ideia da alta prevalência dessa enfermidade, o segundo câncer mais comum nessa lista (cólon e reto) teve 3,26 vezes menos novos casos em 2022: 21.970. Ainda conforme a pesquisa do Ministério da Saúde, 15.800 homens perderam a vida por conta do câncer de próstata em 2020.

Segundo levantamento do Fundo Mundial para Pesquisa em Câncer, foram 1.414.259 novos casos da doença no mundo em 2020 – 30,7 casos a cada 100.000 homens. Apenas nesse ano, a enfermidade causou 375.304 mortes.

Confira 6 estudos inovadores sobre o câncer de próstata

Mas se o número de casos da doença em todo o mundo é alto, há uma grande esperança. Milhares de pesquisas estão em andamento para compreender mais sobre o câncer de próstata e, dessa forma, oferecer tratamentos médicos mais efetivos.

Conheça abaixo alguns dos estudos mais marcantes sobre a doença realizados em 2022.

Mapeamento genético revela como câncer de próstata se desenvolve

Publicado na tradicional revista científica britânica Nature, um estudo realizado pela Universidade de Oxford criou um mapa transversal de milhares de regiões de uma próstata com algumas células cancerígenas. E em um comparativo com a identidade genética, os cientistas encontraram diversas células “saudáveis” já com traços genéticos de câncer.

Outra pesquisa feita na Grã-Bretanha, mais precisamente na Universidade da Ânglia Oriental, em Norwich, revelou um resultado semelhante: de que a próstata afetada por câncer, mesmo com células que pareçam normais, apresenta mudanças como um todo em relação a uma próstata saudável. Ou seja, toda a próstata está pronta para ter áreas cancerígenas.

Ambos os estudos oferecem uma nova leitura quanto à multiplicação de células cancerosas, o diagnóstico e o tratamento da doença. No caso da primeira pesquisa, indica o tratamento de regiões aparentemente saudáveis, mas predispostas ao câncer.

 Já a segunda pesquisa sugere a possibilidade de que o tratamento da próstata, como um todo, seja mais eficiente que o tratamento nos tecidos doentes.

Como o câncer de próstata pode ser mais agressivo conforme a ancestralidade?

Publicados na Nature e no periódico médico britânico Genome Medicine, dois estudos da Universidade de Sydney (Austrália) revelaram assinaturas genéticas que explicam as diferenças étnicas na gravidade do câncer de próstata, particularmente na África subsaariana. Entre o sequenciamento genético de tumores está o de doadores sul-africanos, australianos e brasileiros.

Usando dados computacionais, as equipes de estudos fizeram um amplo sequenciamento do genoma de 183 pacientes, com o objetivo de mapear o código genético de células cancerígenas. Foram identificadas mais de dois milhões de variantes genômicas específicas do câncer dos grupos estudados, sobretudo em pacientes africanos.

Os estudos devem ter um impacto direto na política de prevenção ao câncer de próstata no continente. Aliás, vale destacar que uma pesquisa da Universidade de Bristol, divulgada em 2009, revelou que afrodescendentes ou africanos tendem a ser diagnosticados com câncer de próstata cinco anos mais cedo que os demais pacientes.

Novo exame de sangue revela mais informações sobre composição do câncer

Realizada pela Vancouver Prostate Centre em parceria com a Universidade da Colúmbia Britânica, do Canadá, a pesquisa é uma inovação na busca por identificar a composição de cânceres metastáticos em geral, inclusive o de próstata. Para isso, o teste analisa o DNA lançado por esse tipo de câncer na corrente sanguínea do paciente.

Ao sequenciar todo o genoma de um tumor circulante (ctDNA), a pesquisa foi capaz de revelar diversas características da doença em cada paciente. Ou seja, oferece uma visualização mais completa sobre as metástases, diferente de biópsias que fornecem apenas “informação” do local da amostra.

Além de menos invasivo que uma biópsia, esse exame de sangue pode auxiliar em tratamentos médicos ainda mais precisos aos pacientes.

Quais são os impactos de exercícios físicos em pacientes com câncer de próstata

Que exercícios físicos fazem bem à saúde, todos nós sabemos. Contudo uma pesquisa da Universidade Edith Cowen, na Austrália, conseguiu mensurar o benefício dessa prática em pacientes com câncer de próstata em estágio avançado.

A equipe do estudo constatou que sessões de exercícios de aproximadamente 30 minutos foram capazes de aumentar o índice de miocinas no corpo dos pacientes. Vale lembrar que as miocinas são proteínas produzidas e liberadas pelas células do músculo esquelético em resposta às contrações musculares.

O resultado do estudo aponta para uma extinção do crescimento de células de câncer de próstata em aproximadamente 17%. Isso representa uma esperança na busca pela progressão reduzida da doença e por maior sobrevida a pacientes paliativos.

Como oferecer um atendimento ainda melhor a seus pacientes

De fato, estudos como esses podem resultar em grandes progressos ao tratamento do câncer de próstata. Mas, enquanto a adesão da comunidade científica e suas implementações não chegam, cabe ao profissional de saúde cuidar desses pacientes com os métodos disponíveis.

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