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Como funciona a Enfermagem nos Cuidados Paliativos?

Quando o paciente enfrenta uma doença crônica progressiva e incurável, os Cuidados Paliativos podem reduzir as dores dele e o sofrimento dos familiares.

Não se trata de desistir da cura. Mas sim de oferecer condições para que a vida dele se intensifique ao máximo possível, com todo o conforto.

Essa é a verdadeira proposta dos Cuidados Paliativos. E a enfermagem tem um papel fundamental neste tipo de atendimento. 

Mais vida ao tempo X Mais tempo de vida 

Os Cuidados Paliativos não visam unicamente conceder mais tempo de vida a pacientes. O objetivo é permitir que o paciente tenha o máximo de qualidade de vida nesse período.

Essa perspectiva contribui para que as questões psicológicas e emocionais se arranjem com mais equilíbrio. Algo que reconforta pacientes e familiares.

Neste caminho, a enfermagem busca aliviar a dor e promover a vida, considerando o óbito como parte natural do processo. 

Os enfermeiros nos Cuidados Paliativos 

Na perspectiva dos Cuidados Paliativos, os enfermeiros suprem necessidades de bem-estar físico, emocional, social e espiritual (no sentido existencial).

Aliás, vale destacar que o enfermeiro de Cuidados Paliativos pode atuar em home care. Ou seja, estreitando ainda mais seus laços profissionais e afetivos com o paciente e seus familiares.

Em equipes interdisciplinares, cada um oferece um cuidado paliativo capaz de amenizar a dor do paciente, solidarizando-se com a família. Podem ser divididos em:

  • Cuidados gerais, a partir do diagnóstico;
  • Cuidados específicos, nos últimos meses do declínio;
  • Cuidados terminais, nas últimas 72 horas de vida.

O enfermeiro avalia e identifica o problema para planejar os cuidados. O intuito é manter um olhar diferenciado, priorizando o alívio, o conforto e a dignidade.

Quem mantém contato direto com o paciente e a sua família é o profissional de enfermagem. Esse tipo de relação perdura enquanto houver o tratamento. Ou seja, isso pode durar muitos anos, porque o paciente pode viver bastante tempo em cuidado paliativo, consultando-se apenas algumas vezes.

Portanto, o ideal é atender ao desejo do paciente. Desse modo, a execução de suas necessidades será simplificada, para que a rotina seja a mais próxima possível à vida de antes.

Os Cuidados Paliativos vão além das rotinas clínicas

Ainda que não seja aplicada qualquer medida para prolongar a vida, é humanamente essencial enxergar o paciente como alguém que está vivo.

Em outras palavras, a sintonia com o paciente ultrapassa o controle da dor. O profissional de enfermagem deve ter sensibilidade e ir além do protocolo clínico.  

Uma conversa sincera, ou ainda uma visita para arrumar e conferir o estado geral, já são estimulantes. É preciso entender o destino, adaptando procedimentos, de olho no impacto emocional. Não faz sentido submeter o paciente a procedimentos dolorosos sem necessidade. O certo é poupá-lo fazendo o controle e a manutenção, que é a função da enfermagem.

Invariavelmente, a enfermagem conforta as famílias no processo de aceitação da morte. Isso exige muito respeito e tato na comunicação. Após o óbito, a equipe deve estar atenta ao luto dos familiares. Para isso, esclarece eventuais questões e oferece as primeiras assistências.

Gostou da área? É bom ter especialização!

Para trabalhar neste segmento, que possui ampla demanda de mercado, não basta preparo emocional e maturidade. É importante que o enfermeiro tenha qualificação nas capacitações necessárias.

A Enfermagem em Cuidados Paliativos é reconhecida pelo COFEN e está mais evidente, principalmente em decorrência da pandemia da Covid-19.

Esperamos que tenha gostado de conhecer os Cuidados Paliativos na Enfermagem. Você trabalharia nessa área? Deixe sua opinião e compartilhe o artigo com seus amigos!

 

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