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Você sabe o que é transtorno alimentar?

De acordo com pesquisa realizada pela Associação Americana de Psiquiatria (APA), aproximadamente de 70 milhões de pessoas no mundo sofrem com algum transtorno alimentar. Caracterizado pela perturbação no comportamento alimentar, a doença pode levar o paciente a desnutrição ou à obesidade, além de outros problemas físicos.

Segundo Marcela Tardioli, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI), saber diferenciar algumas sensações como fome, apetite e saciedade é crucial na hora de manter o autocontrole. Ou seja:

  • Fome: é a necessidade fisiológica de comer e não está relacionada a alimentos específicos.
  • Apetite: é o desejo de comer algum alimento específico. O apetite é muito sensível ao sabor dos alimentos.
  • Saciedade: está relacionada ao momento de parar de comer, e seus sinais aparecem já quando pequenas quantidades de nutrientes são absorvidos em nosso corpo.

A desregulação do controle de fome e de saciedade pode ser uma das explicações para os transtornos alimentares. Estes são entendidos pela ciência como doenças psiquiátricas com características de alterações no comportamento alimentar, controle de peso e forma corporal. Cada pessoa reage de uma forma, e a compulsividade pode trazer sérias consequências para o organismo.

Embora esses distúrbios sejam mais frequentes com pessoas do sexo feminino – com faixa etária entre 12 e 25 anos –, um estudo realizado pelo Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, apontou um aumento de 67% da doença entre os homens de 26 a 40 anos.

Os transtornos alimentares mais comuns são a bulimia e a anorexia, mas a lista a lista é longa. A seguir, confira alguns exemplos.

  • Anorexia: este quadro é caracteriza principalmente pela recusa do indivíduo em manter um peso mínimo esperado para a idade e a altura, além do temor excessivo em ganhar peso e distorção da percepção da imagem corporal.
  • Bulimia: este quadro é caracterizado pela ingestão de uma grande quantidade de comida em um curto espaço de tempo, seguida por métodos compensatórios inadequados (vômitos autoinduzidos, uso inadequado de laxantes ou diuréticos, prática de exercícios em excesso) para evitar o ganho de peso.
  • Transtorno do Comer Compulsivo: os indivíduos com este transtorno apresentam episódios de compulsão alimentar, porém, diferentemente da Bulimia Nervosa, não utilizam métodos purgativos para eliminar os alimentos ingeridos, nem a preocupação irracional com o peso e a forma corporal.
  • Obesidade: essa é uma doença que envolve aspectos metabólicos, genéticos, culturais e comportamentais, descartando-se assim a antiga ideia de que o obeso era uma pessoa gulosa, desprovida de controle e de vontade de cuidar de si próprio.
  • Vigorexia: caracteriza pela obsessão por músculos, pela compulsão aos exercícios e pelo consumo de substâncias que prometem o aumento da massa muscular (como anabolizantes), assim como as pessoas que têm Anorexia ou Bulimia, os portadores da Vigorexia apresentam uma percepção distorcida da imagem corporal.
  • Síndrome do Gourmet: os indivíduos que apresentam este quadro estão insistentemente preocupados na preparação, compra, apresentação e ingestão de pratos especiais e/ou exóticos, colocando em segundo plano suas relações sociais, familiares e ocupacionais.
  • Transtorno Alimentar Noturno: comportamento alimentar apresentada pelo individuo durante o sono. Ao despertar, o individuo não se lembra do ocorrido e nega qualquer fato informado. Esse transtorno geralmente acomete pessoas que seguem algum tipo de regime alimentar durante o dia.
  • Pica: transtorno que se caracteriza pela ingestão de substâncias não comestíveis como sabonete, tijolo, argila, cascas de pintura, gesso, giz, cinzas de cigarro etc. As pessoas com maior propensão a desenvolver o Transtorno de Pica são mulheres com tendência histérica, grávidas, ou indivíduos que passaram por sérias restrições no comportamento alimentar.

O tratamento dos transtornos alimentares busca restaurar o comportamento alimentar adequado, e restabelecer o peso considerado normal para a idade e a altura do indivíduo. O objetivo do tratamento é tirar o indivíduo do desequilíbrio clínico que a gravidade dos sintomas pode gerar.

Por serem quadros de extrema complexidade, os transtornos alimentares requerem tratamento realizado por equipe multiprofissional, com psicólogo, nutricionista, médico endocrinologista e médico psiquiatra. No Ambulim ou na Ebserh é possível encontrar tratamento de qualidade para esses transtornos.

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