Os serviços de urgência e emergência constituem importantes elementos de assistência à saúde, recebendo pacientes de todos os níveis de gravidade. Em 2020, além dos casos de violência, acidentes e enfermidades, foi registrado um aumento na procura por serviços emergenciais devido à pandemia do coronavírus.
Segundo o Ministério da Saúde, o número de acidentes domésticos com crianças e adolescentes cresceu 112% no mesmo período em decorrência da suspensão das aulas e migração para o home office.
Diante desse cenário, há uma grande necessidade de profissionais especializados em serviços de urgência e emergência, tanto em setores públicos quanto privados.
Mas qual a importância da diferença entre urgência e emergência?
Em primeiro lugar, as palavras urgência e emergência possuem definições diferentes, apesar de serem bastante parecidas.
Podemos definir urgência como uma situação de ameaça em um futuro próximo, sem risco potencial de vida ao paciente. Já em casos de emergência, a assistência médica imediata se faz necessária, pois a situação pressupõe um risco iminente de morte.
É de extrema importância que o enfermeiro que trabalha em ambientes de urgência e emergência saiba diferenciar as duas situações, uma vez que ele é o responsável pela triagem dos pacientes e por determinar os atendimentos que devem ser priorizados através da classificação de risco.
Classificação de Risco: qual seu objetivo?
A classificação de risco é um método de avaliação inicial que vai determinar se o paciente precisa de prioridade no atendimento. Dessa forma, pessoas que apresentam potencial de risco e um maior grau de sofrimento podem ser acolhidas primeiro.
Desde o início dos anos 90, várias classificações têm sido desenvolvidas e implementadas em diversos países para contribuir com a organização da triagem nos serviços de emergência. No Brasil, a classificação mais utilizada é o Protocolo de Manchester. Ele foi inicialmente proposto no Reino Unido em 1996 e foi incorporado ao nosso país em 2008.
A atuação do enfermeiro em atendimentos de urgência
A atuação do enfermeiro pode ser dividida entre atendimento pré-hospitalar e intra-hospitalar. No atendimento pré-hospitalar, prestado principalmente pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), o enfermeiro socorrista atua de forma direta, realizando procedimentos e administração de medicamentos, além de auxiliar em procedimentos médicos.
No ambiente intra-hospitalar, a ação do enfermeiro vai além da triagem e do primeiro contato com o paciente. Suas atribuições passam pela realização de exames físicos, orientação da família e obtenção de histórico hospitalar até a checagem de materiais e equipamentos, essenciais ao tratamento e ao rápido atendimento.
E o que muda em atendimentos de emergência?
Quanto mais grave é o quadro do paciente, mais complexa se torna a ação do enfermeiro. De acordo com dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, os principais problemas na área de urgência e emergência estão relacionados ao aumento da violência e dos acidentes de trânsito, assim como ao alto índice de letalidade de doenças do aparelho circulatório, como o Infarto Agudo do Miorcárdio, e o Acidente Vascular Cerebral, mais conhecido como AVC.
Nestes casos, o profissional de enfermagem deve ter controle emocional, conhecimento técnico baseado nos protocolos estabelecidos e estar apto a agir de forma rápida para minimizar os danos à saúde do paciente. Podem ser realizadas desde manobras mais simples, como retirada de corpos estranhos das vias aéreas, contenção de hemorragias externas e fornecimento de oxigênio, até procedimentos mais invasivos de suporte circulatório e ventilatório.
A importância da capacitação na enfermagem
O profissional da enfermagem está presente em todos os níveis de prestação de serviços à saúde. Ele possui autonomia para tomar decisões desafiadoras e capacidade de avaliar, cuidar e gerenciar pessoas e ambientes para prestar uma assistência integral. Entretanto, para que isso seja possível, é necessário uma base educacional sólida, fundamentada na humanização, ética e na manutenção da saúde.
É necessária ainda uma formação que contextualize o profissional da realidade em que vive e que irá atuar, permitindo a reflexão sobre a prática da profissão e de como aprimorá-la. Portanto, a capacitação na área de saúde em todas as suas vertentes, especificamente na enfermagem, mostra-se cada vez mais necessária para uma prática com menor risco de erros e que tenha como foco o cuidado com a vida.
Para atuação em urgência e emergência, é necessário ter concluído a graduação em Enfermagem e ter a inscrição no Coren (Conselho Regional de Enfermagem). A especialização em serviços emergenciais irá preparar o profissional para atendimento de pacientes adultos, pediátricos e idosos que apresentem quadros graves de natureza clínica, traumática e psiquiátrica, tanto no pré quanto no intra-hospitalar.
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