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Câncer: o que é e o que você precisa saber sobre ele

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer é a segunda doença que mais mata em todo o mundo. A entidade afirma que, apenas em 2018, houve quase dez milhões de mortes pela doença no planeta. Desse total, cerca de 70% foram registradas em países de baixa e média renda.

Na América, o cenário preocupa. Segundo estimativa da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), feita em 2020, o número de diagnósticos da doença deve aumentar em 32% no continente até 2030. Isso significa um total de cinco milhões de pessoas.

Nesse sentido, vale destacar que a prevenção tem um papel importante para a redução desses índices. A própria OMS presume que, em média, 40% dos cânceres podem ser evitados por meio de medidas preventivas. Além disso, esses cuidados ajudam a descobrir a doença em estágios iniciais, algo que aumenta as chances de cura.

E neste artigo você vai conhecer tudo o que precisa saber sobre essa doença.

Mas então: o que é o câncer? E o que ele faz?

O câncer é o resultado do crescimento irregular das células anômalas, que se multiplicam em tecidos ou órgãos do corpo. Com isso, há um aumento desordenado das células no organismo. Ao se juntarem, essas células dão origem ao tumor ou cancro.

Desse modo, sem o controle, as células anormais podem ultrapassar seus limites normais. Caso isso ocorra, surge a metástase, ou seja, quando essas células invadem outras partes do corpo e se espalham para outros órgãos.

Segundo a OMS, a metástase é a principal causa de morte por câncer no mundo.

Quais são as partes do corpo mais afetadas?

Mais de 686 mil novos casos de câncer foram registrados no Brasil, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Desse total, aproximadamente 616 mil são neoplasias malignas.

Entre homens, que correspondem a 56,6% dos casos de câncer no país, a maior prevalência da doença registrada foi na próstata, com 65.840 registros no ano passado. A seguir, vem casos de:

  • Cólon e reto, 20.540 registros.
  • Traqueia, brônquio e pulmão, 17.760.
  • Estômago, 13.360.
  • Cavidade oral, 11.200.

 

Já entre mulhere, 43,4% dos casos, o câncer mais comum em 2020 foi o de mama, com 66.280 registros. Na sequência vieram:

  • Colón e reto, 20.470 casos.
  • Colo de útero, 16.710.
  • Traqueia, brônquio e pulmão, 12.440.
  • Glândula tireoide, 11.950.

 

Apesar de elevados, esses números correspondem, em média, a apenas 37% do total de novos casos. Em outras palavras, ainda há muitas outras áreas afetadas pela doença, como é o caso de estômago, esôfago, pele, entre outras.

Entenda os diferentes tipos de câncer

Segundo o Instituto Oncoguia, há mais de 200 tipos de câncer. Eles afetam grupos específicos de células, mas, de fato, a doença pode se desenvolver em praticamente todas elas.

Em linhas gerais, o câncer é classificado de duas formas. A primeira delas é o câncer sólido, ou seja, quando há um tumor maligno em uma região do corpo. Já o segundo tipo de câncer é o hematológico, nele, a doença está presente no sangue, através de leucemia e linfomas, por exemplo.

Entretanto, cada câncer tem diversas características, como a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de causar a metástase. Veja a seguir, alguns tipos de câncer e suas diferenças. São eles:

  • Carcinomas. Estão na pele ou nos tecidos que revestem os órgãos internos.
  • Sarcomas. Estão nos ossos, cartilagens, gorduras, músculos, vasos sanguíneos ou em outros tecidos conjuntivos ou de suporte.
  • Leucemias. Surgem no tecido que produz o sangue, como a medula óssea. Isso gera um grande número de células anormais que entram na circulação sanguínea.
  • Linfomas e Mielomas. Atacam as células do sistema imunológico, sistema nervoso central, tecidos do cérebro e da medula espinhal.

 

Mas todos os tumores são cânceres?

A resposta é não e quando ele se enquadra nessa condição é chamado de tumor benigno.

O tumor benigno se forma a partir de células muito parecidas com as normais, que não se multiplicam de modo tão rápido quanto em um caso de tumor maligno. Além disso, não são capazes de promover metástase, ou seja, migrar para outros tecidos.

Nesse caso, na maior parte das vezes, o tumor é removido em uma cirurgia e o paciente já pode ser considerado curado.

Quais são as causas? Como prevenir o câncer?

O câncer pode ter várias causas, além de questões hereditárias, hábitos e costumes pouco saudáveis podem levar uma pessoa à doença.

Como resultado, o excesso de compostos químicos de alguns alimentos, as drogas, a radiação e a alta exposição ao sol podem contribuir ao surgimento de cânceres.

Em resumo, quanto mais a pessoa se expor aos fatores de risco, maiores são as chances de surgir a doença. E entre esses fatores estão:

  • Obesidade.
  • Tabagismo, alcoolismo e consumo de entorpecentes.
  • Má alimentação.
  • Exposição à radiação solar.
  • Consumo de medicamentos.
  • Entre outros.

 

Como é o tratamento ao câncer?

De fato, o tratamento do câncer é muito específico para cada paciente, por isso, deve ser definido pelo médico após a realização de exames. As opções variam conforme o tipo do tumor, o estágio, a localização, a saúde geral do paciente e os efeitos colaterais.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC), há ao menos seis tipos de tratamento para o câncer. Além da cirurgia de remoção, há os seguintes tratamentos:

  • Quimioterapia: administração de remédios para fortalecer as células.
  • Radioterapia: uso terapêutico de raios ionizantes em regiões do corpo com presença da doença.
  • Hormonioterapia: por meio desse método, se busca inibir o aumento do câncer. Ele ocorre por duas formas. A primeira é a privação, ou seja, quando é retirado o hormônio da circulação. Já a segunda forma bloqueia os receptores de hormônios nas células doentes, evitando sua multiplicação.
  • Terapia oral: em outras palavras, a ingestão de remédios via oral para o combate ao câncer.
  • Terapia-alvo: que significa o uso de fármacos para atacar as células afetadas pela doença.

 

Às vezes, os tratamentos alcançam a resposta completa, que é o desaparecimento total da doença. Por sinal, na maioria dos casos, se ela não retornar em até cinco anos, o paciente é considerado curado. E existe ainda a resposta parcial que diminui os sintomas e dá uma sobrevida maior, com constante monitoramento.

A enfermagem oncológica é uma especialização necessária

A oncologia é uma área com muitas particularidades e, nesse sentido, o recomendável é que os profissionais sejam especializados na área.

O enfermeiro oncologista é responsável por atender ao paciente com câncer do diagnóstico ao tratamento. Além disso, ele é quem libera e agenda os procedimentos.

O enfermeiro oncologista é capacitado para qualquer tipo de tratamento de câncer e está sempre pronto para checar tudo antes de fazer os protocolos, adaptando os procedimentos às necessidades do paciente.

Mas, fato é que o papel do enfermeiro não fica restrito a essas tarefas: ele também é um educador. Afinal de contas, é a pessoa que vai esclarecer aos pacientes sobre os efeitos colaterais, coleta de exames, cuidados diários com a doença etc.

Por fim, o enfermeiro pode ajudar o paciente a encarar e vencer seus medos.

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