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Diabetes e enfermagem: cuidados básicos no tratamento do paciente

Sabia que a enfermagem tem um papel importante no combate ao diabetes? Mais que a realização de procedimentos clínicos, os enfermeiros, com sua formação e conhecimento, podem auxiliar o paciente com instruções e protocolos de cuidado. Sim! O principal ponto dessa análise é a informação. Boa parte da população não sabe que possui a doença ou como conviver com ela.

A Federação Internacional de Diabetes (IDF) estima ainda que, em 2040, haverá mais de 642 milhões de pessoas com diabetes no mundo, se o índice atual não for controlado, e por aqui, o cenário não é dos melhores.

Um número alarmante de diabéticos brasileiros

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o número de pacientes com diabetes no Brasil ultrapassa a marca de 12 milhões de pessoas. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil está em 5º lugar no ranking mundial da doença. Porém, esta é só a ponta do iceberg!

A IDF diz que cerca de 15 milhões de brasileiros são pré-diabéticos. Ou seja, estão em estado intermediário. Podem ou não evoluir para a doença. E a causa disso está tanto no mau gerenciamento deste assunto, como no acesso limitado aos cuidados ou às condições não diagnosticadas.

Portanto, a falta de conhecimento sobre a doença é muito prejudicial. Há vários danos que podem ser evitados a partir de simples orientações da equipe de enfermagem, com as seguintes funções:

  • Prevenção.
  • Diagnóstico precoce.
  • Tratamento de formas agudas e crônicas.

 

Bateu a curiosidade sobre esse tema? Então veja mais detalhes a seguir!

Mas afinal, o que é o diabetes?

A diabetes é uma doença que faz o corpo não produzir insulina o suficiente. Vale destacar que a insulina é o hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. E esses açúcares vêm dos alimentos, que são fontes de energia.

Desse modo, a glicose alta desequilibra o organismo, algo que resulta em danos nos órgãos, vasos sanguíneos e nervos etc. Essa é a hiperglicemia, que é classificada basicamente de duas formas. São elas:

  • Diabetes tipo 1. Nele, o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. É mais frequente na infância e adolescência. O controle principal é feito com injeções do hormônio.
  • Diabetes tipo 2. Essa é a mais comum em pessoas acima dos 40 anos.  As células do corpo resistem à ação da insulina. O controle pode ser feito com medicamentos via oral.

 

Há ainda mais três tipos específicos e menos frequentes:

  • Gestacional. Temporária, quando o pâncreas da gestante não consegue produzir insulina o suficiente.
  • LADA. É conhecida como 1 e ½ (um e meio), semelhante ao tipo 1, mas em pessoas acima dos 35 anos.
  • MODY. É quando a produção de insulina é prejudicada por mutações genéticas hereditárias.

 

Curiosidades sobre a diabetes

De acordo com a Obesity Society, 90% dos diabéticos do tipo 2 são obesos.  Logo, as células de gordura afetam o processo da glicose, diminuindo os receptores de insulina livres.

Além disso, o diabetes facilita o quadro de hipertensão. Consequentemente, o sangue com níveis altos de açúcar enrijece as artérias e aumenta a pressão.

Em vista disso, muitos casos de diabetes tipo 2 podem ser evitados com o consumo de alimentos saudáveis, prática de atividades físicas, não fumar e beber álcool em excesso. Desse modo, adotar bons hábitos de vida diminui a chance de se desenvolver a doença proveniente do sedentarismo.

Esta é uma doença muito silenciosa

A diabetes surge sem sintomas muito aparentes. Uma pessoa pode ficar anos sem notar qualquer sinal. Entre eles temos:

  • Sede.
  • Alto volume de urina.
  • Maior apetite.
  • Infecções urinárias e de pele recorrentes.
  • Perda de peso.
  • Fraqueza e cansaço.
  • Náuseas e vômito.

 

Estes sintomas levantam as primeiras suspeitas. Contudo, só com exame de sangue é possível diagnosticar a doença. Porém, muita gente recebe o diagnóstico e ignora o tratamento correto. Mas há situações ainda piores!
Todavia, vale ressaltar que muita gente possui a doença sem saber, o que é muito arriscado e pode causar outras diversas enfermidades. Como:

  • Cegueira.
  • Gangrena.
  • Insuficiência renal.
  • Ataque cardíaco.
  • AVC.
  • Entre outros.

 

Aliás, o alto nível de glicose no sangue também favorece o surgimento de outras doenças cardiovasculares e cerebrovasculares. Nesse sentido, a forma crônica fortalece problemas musculoesqueléticos, digestórios e até cognitivos.

A enfermagem e o seu papel educativo no combate à doença

Certamente, na faculdade de Enfermagem, os alunos aprendem sobre o diabetes, suas particularidades, e todo embasamento necessário. Por sinal, esse conhecimento é bem útil não só a eles, mas também aos pacientes que podem ser tratados com mais atenção, domínio e cuidado.

Afinal de contas, o pouco conhecimento sobre as doenças é um problema! Quando bem instruído, o próprio enfermeiro pode ajudar a disseminar essas informações de uma maneira mais simples, didática e eficiente.

Por exemplo: se o enfermeiro identifica que o diabético é sedentário, qual seria a melhor recomendação? Quais são os riscos ou dificuldades que o paciente deve se atentar, e qual a melhor forma de tratamento? O enfermeiro certamente possui domínio e é chave fundamental para o cuidado desse paciente.

O paciente diabético e o cuidado da enfermagem

Enfim, vale destacar que o diabetes não tem cura. Mas o paciente pode ter uma boa qualidade de vida, sem grandes riscos. Para isso, basta manter os costumes saudáveis combinados com a medicação, é claro. Todavia, os cuidados não podem parar por aí!
E mais do que informar, os profissionais de enfermagem orientam o paciente diabético para que ele possa se manter no controle da doença. Confira, a seguir, as ações que são mais comuns no atendimento. São elas:

  • Educar sobre a medição das taxas de açúcar no sangue, por meio do glicosímetro.
  • Explicar o jeito certo de dar a injeção de insulina.
  • Orientar como guardar e manipular as medicações.
  • Ensinar o descarte correto das agulhas.
  • Mostrar como cuidar das feridas e como fazer os curativos.
  • Acompanhar a glicemia do paciente hospitalizado, dando as medicações e verificando sinais.
  • Questionar sobre hábitos e costumes que tornam o tratamento mais eficaz.

 

Sem dúvida, tudo isso importa no combate ao diabetes! Então você, como enfermeira ou enfermeiro, pode ajudar muito os pacientes com dicas e conselhos! Afinal de contas, seus conhecimentos são capazes de levar as pessoas a seguir o tratamento da melhor forma possível.

Por fim, você gosta do assunto Enfermagem? Então, que tal conhecer mais sobre essa área? Confira mais posts sobre o tema em nosso blog.

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