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5 tendências tecnológicas da área da saúde

Tendências tecnológicas criam possibilidades para profissionais da saúde

A utilização inteligente e estratégica das tendências tecnológicas na área da saúde impulsiona a transformação do setor, abrindo novas possibilidades para diagnósticos mais precisos, tratamentos personalizados e cuidados mais eficientes. Inovações estão redefinindo a rotina de profissionais da saúde e pacientes diariamente, trazendo benefícios para todos os envolvidos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a tecnologia da área da saúde como: “a aplicação de conhecimento e habilidades sistematizadas em remédios, equipamentos médicos, vacinas, procedimentos e sistemas desenvolvidos para resolver problemas de saúde e melhorar a qualidade de vida.”

Neste artigo, exploraremos algumas das tendências tecnológicas mais importantes na área da saúde e como elas estão moldando o futuro da medicina.

Novas fronteiras da saúde: 5 tendências tecnológicas para acompanhar

Conheça o implante que combate o câncer no pâncreas, a IA visionária que prevê AVCs, a impressora 3D de vacinas, a promissora pele eletrônica e a IA que calcula a probabilidade de novas pandemias.

Tendência 1: implante que combate câncer no pâncreas

Pesquisadores do Houston Methodist Research Institute, nos Estados Unidos, descobriram uma maneira menos invasiva e eficaz de conter o avanço do câncer de pâncreas, um dos mais agressivos e difíceis de tratar. Eles publicaram sua descoberta na revista Advanced.

Os cientistas desenvolveram um dispositivo menor que um grão de arroz, capaz de enviar medicamentos diretamente para o tumor. Isso reduz a probabilidade de o paciente apresentar efeitos colaterais. O dispositivo, chamado NDES (dispositivo nanofluido de liberação de medicamento), é feito de aço inoxidável e carregado com anticorpos monoclonais CD40 (mAb), um agente imunoterapêutico.

Atualmente, os pesquisadores estão testando o dispositivo em animais, mas os resultados são promissores. Segundo o artigo, o NDES reduziu os tumores em roedores utilizando uma dose quatro vezes menor de medicamentos. Além disso, os animais testados também apresentaram impactos em outros tumores, que não receberam a terapia diretamente.

Tendência 2: IA que prevê AVC

A análise de big data oferece insights valiosos e possibilita decisões estratégicas e eficientes em diversas áreas, incluindo a saúde. Cientistas das universidades Carnegie Mellon, Florida International e Santa Clara, nos Estados Unidos, criaram um modelo de IA capaz de prever a incidência de AVC. O estudo foi publicado no Journal of Medical Internet Research.

Os pesquisadores utilizaram registros médicos e demográficos de 143 mil pacientes de hospitais de cuidados agudos na Flórida, coletados entre 2012 e 2014. Eles também utilizaram dados demográficos dos Determinantes Sociais da Saúde (SDoH), parte do American Community Survey. O modelo alcançou uma precisão de 73% na previsão do AVC, uma margem de erro menor do que outras formas de diagnóstico, que podem falhar em 30% dos casos. O modelo pode ser uma ferramenta importante para auxiliar os profissionais de saúde no diagnóstico do AVC, já que a doença apresenta dificuldades em ser identificada com precisão em muitos casos.

Os pesquisadores enfatizam que o modelo pode ser especialmente útil em regiões com recursos médicos limitados e em unidades de emergência com pouca experiência no diagnóstico de AVC. No entanto, é aconselhável que seja integrado a outras ferramentas de triagem computadorizadas e automatizadas.

Tendência 3: impressora 3D de vacinas

Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) desenvolveram uma impressora 3D de vacinas para a Covid-19, capaz de produzir adesivos de microagulhas que dispensam injeções e dissolvem a vacina na pele. A “tinta” da impressora é composta por moléculas de vacina de RNA envoltas em nanopartículas lipídicas, o que garante a estabilidade do imunizante. Inicialmente, a vacina é ‘impressa’ em lotes de 100 doses a cada 48 horas, mas conforme as condições de produção esse número pode ser maior.

No artigo publicado na Nature Biotechnology, é relatado que essa tecnologia viabiliza o armazenamento das vacinas em temperatura ambiente por até seis meses, o que torna possível a realização de vacinações em massa em áreas remotas ou com grandes populações.

Tendência 4: pele eletrônica

Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram uma “e-pele” capaz de converter sensações como calor e pressão em sinais elétricos. Eles testaram com sucesso a e-pele em células cerebrais de ratos, conforme artigo da revista Science.

Segundo o estudo, a pele protética foi capaz de induzir disparos neurais no córtex motor dos animais in vivo, o que desencadeou movimentos nos dedos dos pés. A principal promessa da e-pele é proporcionar uma interação mais natural entre membros protéticos e o cérebro humano, além de aplicações na robótica.

IA para prever novas pandemias

Cientistas da Universidade de Montreal, no Canadá, desenvolveram um algoritmo de IA capaz de prever interações entre vírus e mamíferos. Eles usaram tecnologia para analisar dados em tempo real e detectar sinais de surtos potenciais, como epidemias e movimentos populacionais. Até o momento, conhecemos apenas cerca de 1% a 2% das interações entre mamíferos e vírus, segundo os pesquisadores.

O algoritmo utiliza o modelo de IA para identificar e mostrar os “pontos críticos” virais. Dessa forma, será possível antecipar infecções e possíveis pandemias. Para isso, os pesquisadores utilizaram o CLOVER, um banco de dados aberto que contém informações sobre 5.494 interações entre 829 vírus e 1.081 mamíferos. A partir desses dados, eles identificaram os 20 principais vírus com maior potencial de infectar humanos.

Os resultados, publicados na revista Patterns, revelaram a bacia amazônica e a África Subsaariana como áreas de interesse, identificando hospedeiros potenciais para vírus zoonóticos, ou seja, transmitidos entre animais e seres humanos. Segundo os pesquisadores, é possível expandir essa pesquisa para outras partes do mundo, fornecendo informações importantes para monitorar e prevenir novas pandemias.

Como o conhecimento das tendências tecnológicas da área da saúde impacta os profissionais de enfermagem

É importante que profissionais de enfermagem estejam atualizados sobre as tendências tecnológicas da saúde, pois essas inovações têm um impacto significativo em sua prática diária. Dessa maneira, os enfermeiros podem aprimorar sua atuação, oferecendo assistência eficaz e informada aos pacientes.

Achou essas informações interessantes? Confira mais artigos sobre o trabalho do profissional de enfermagem em nosso blog.

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