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Outubro Rosa e a importância da prevenção do câncer de mama

O mês de outubro é conhecido mundialmente como o mês de conscientização ao combate ao câncer de mama

O movimento Outubro Rosa, celebrado anualmente desde os anos 90, tem como principal objetivo alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e, mais recentemente, sobre o câncer de colo do útero.

O diagnóstico precoce ainda é o maior aliado para o tratamento eficaz da doença. Quando identificado cedo pode ser tratado, impedindo que o tumor alcance outros órgãos.

Mas, você sabe quando isso surgiu? 

Em outubro de 1983, foi realizada uma corrida de cinco quilômetros pelas ruas de Dallas (EUA), a qual atraiu 800 pessoas para arrecadar fundos e chamar atenção para o câncer de mama, além de levar mais mulheres a conhecer e combater a doença.

Essa ação foi uma promessa de Nancy Brinker, que havia visto, três anos antes, a irmã Susan morrer aos 36 anos. Desde então, a Fundação Susan G. Komen For the Cure tem inspirado a mobilização em diversos países, proporcionando maior acesso aos serviços de diagnóstico e contribuindo para a redução da mortalidade.

Os acessórios e laços cor de rosa viraram símbolo da campanha pelo mundo. E, durante todo esse mês, diversas empresas públicas e privadas iluminam as fachadas dos prédios com a cor rosa para apoiar a adesão ao movimento.

Incidências da doença

O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Para o Brasil, foram estimados 59.700 casos novos de câncer de mama em 2019, com risco estimado de 56 casos a cada 100 mil mulheres, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão do Ministério de Saúde. Os homens também podem desenvolver a doença, no entanto, a incidência é baixa e atinge apenas 1% dos casos.

O aumento nos números de casos da doença também está relacionado com o envelhecimento da população, a redução na taxa de natalidade e o aumento na expectativa de vida. Quando os sintomas aparecem, o câncer tem grandes chances de estar em um nível mais avançado. Na população mundial, por exemplo, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.

Detecção e Diagnóstico 

O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim as chances de tratamento e cura.

Na grande maioria das vezes a paciente não possui sintomas perceptíveis. Os principais sinais e sintomas da doença são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas). Estes sinais podem ser encontrados através do autoexame das mamas.

As mulheres que amamentam por mais de seis meses têm menos chances de desenvolver a doença, devido à substituição do tecido glandular por gordura nas mamas. A amamentação é uma proteção natural. A mulher com câncer de mama, se amamentar por mais de um ano, tem a chance de desenvolver a doença menos agressiva e com melhor prognóstico.

Como prevenir a doença

Uma das recomendações básicas para prevenir o câncer de mama é manter uma dieta equilibrada para evitar a obesidade e praticar exercícios físicos regularmente, pois o excesso de peso aumenta o risco de desenvolver a doença. O Programa Nacional de Controle de Câncer de Mama, do Inca, estima que, por meio de uma alimentação saudável, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver o problema. O bem-estar físico e psicológico também ajudam a prevenir essa e outras doenças.

A ingestão de álcool, mesmo em quantidade moderada, é contraindicada, pois é um fator de risco para esse tipo de tumor, assim como a exposição a radiações ionizantes em idade inferior aos 35 anos.

Outro fator importante é o uso do anticoncepcional, que também pode ser associado ao câncer de mama, por causa das doses elevadíssimas de hormônios. Entre quase 2 milhões de mulheres, as que tomaram a pílula tiveram maior risco de apresentar tumores no seio. E, quanto mais tempo de uso, maior o perigo.

Anualmente, toda mulher com 40 anos ou mais deve procurar um posto de saúde para fazer exames nas mamas e no útero. Entre 50 e 69 anos, a mulher também deve fazer uma mamografia a cada dois anos. O risco de câncer de mama aumenta com a idade. Por isso, o quanto antes for diagnosticada a doença, maior o potencial curativo do tratamento.

Seu corpo é seu maior bem. Faça o autoexame regularmente!

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