A relação entre Enfermagem e epilepsia é marcante na saúde. Isso porque esse profissional possui um papel fundamental não apenas no tratamento à doença, mas na conscientização.
Embora seja uma das doenças neurológicas mais comuns do mundo, a epilepsia ainda é cercada por muitos tabus e falta de informações. E o enfermeiro pode auxiliar no processo de esclarecimento.
A seguir veremos mais sobre esse assunto e a atuação do profissional de enfermagem.
O que é a epilepsia e a crise epilética
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2017, ao menos 50 milhões de pessoas em todo o Planeta sofrem dessa doença – quase 4 milhões delas no Brasil.
Mas, afinal, o que é a epilepsia?
É uma doença que acontece quando os neurônios emitem descargas elétricas desreguladas, atingindo partes ou a totalidade do cérebro. Em outras palavras, é uma disfunção das células nervosas que provoca as conhecidas crises epilépticas, decorrentes dessa atividade neuronal irregular. A maioria das causas da epilepsia é desconhecida. Todavia, a doença pode ser consequência de tumores, lesões cerebrais, infecções, entre outros.
A enfermagem no apoio ao paciente com epilepsia
Antes de tudo, os profissionais de enfermagem devem saber que a epilepsia é um transtorno com predisposição para crises geralmente persistentes.
Logo, a doença é crônica e de difícil monitoramento dentro e fora dos hospitais. Um dos alertas é sobre duas crises com intervalo maior que 24 horas entre elas.
Assim sendo, dos sintomas e sinais reconhecíveis, se destacam:
- Comprometimento da fala
- Dificuldades respiratórias
- Alucinações ou perda de consciência
- Contrações musculares vigorosas
- Movimento muscular em forma de onda
- Movimento involuntário dos olhos
- Olhos virados para cima
- Pernas e braços mais rígidos
- Salivação
- Incontinência urinária
- Desmaio
- Convulsões
- Paralisia temporária
O profissional de enfermagem deve estar preparado para realizar os primeiros socorros considerando estes e vários outros sintomas.
Em muitos casos, a pessoa cai no chão, podendo se machucar. Nesse sentido, é preciso avaliar as lesões, fraturas, arranhões e contusões sofridas durante a crise.
Ainda assim, vale dizer que algumas pessoas podem desenvolver as crises durante o sono, devido às alterações hormonais ou atividades cerebrais. Esses casos exigem maior atenção.
Além disso, o paciente sente medo e vergonha, tendendo a se isolar socialmente. Portanto, o apoio da enfermagem não é apenas físico, mas emocional também.
Tratamentos e controle da epilepsia
Constatando-se a ausência de causas externas como drogas, medicamentos, doenças e infecções, o diagnóstico avalia os sintomas com exames específicos.
Detectada a disfunção, o tratamento deve começar imediatamente porque a desatenção com a epilepsia eleva o risco de morte súbita por conta dos danos causados ao organismo.
O tratamento consiste em medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais. Porém, em alguns casos, os pacientes podem necessitar de intervenção cirúrgica.
Então, ao longo das consultas periódicas, os médicos definem se o tratamento será permanente, adaptado ou interrompido.
Portanto, a cura geralmente acontece quando a doença desaparece com a idade ou então após dez anos seguidos de medicação sem ocorrência de crises.
A enfermagem educa sobre a epilepsia
Os profissionais de enfermagem devem conhecer bem a patologia para fazer o manejo do paciente, auxiliando nos desdobramentos das crises epilépticas.
Nesse sentido, o olhar da enfermagem é indispensável ao paciente epilético que precisa receber cuidados específicos capazes de salvá-lo de quadros piores.
Por outro lado, a enfermagem tem um papel educativo para conscientizar as pessoas sobre a doença, a fim de eliminar preconceitos e promover a saúde.
Em conclusão, são profissionais fundamentais para esclarecer dúvidas e oferecer apoio desde a descoberta até o tratamento do problema, estimulando o autocuidado e os hábitos saudáveis.
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