Em primeiro lugar, é necessário evidenciar que o tabagismo é considerado uma doença crônica causada pela dependência à nicotina contida em produtos à base de tabaco.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a partir de dados levantados em 2019 pela Global Burden of Disease, o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano, sendo 7 milhões dessas mortes pelo uso direto desse produto e cerca de 1,2 milhão por consequência do fumo passivo.
O tabagismo é reconhecido como o principal fator de risco evitável de adoecimentos e mortes no mundo e pode reduzir a expectativa de vida em 10 anos. Dessa forma, com o objetivo de chamar a atenção para as consequências do tabagismo e alertar sobre as mortes relacionadas ao vício, a OMS criou, em 31 de maio de 1987, o Dia Mundial sem Tabaco.
A criação dessa data representa uma grande oportunidade de trazer reflexões para o combate ao tabagismo e fortalecer as medidas de controle do tabaco em escala mundial.
Conhece alguém que gostaria de largar o vício e ter uma vida mais saudável? Confira essas informações que vão lhe ajudar.
Quais os riscos do tabagismo à saúde?
O tabagismo traz inúmeras consequências que vão além do âmbito da saúde. Ele pode interferir na vida social, afetar negativamente a nossa aparência e colocar em risco a saúde de amigos e familiares.
Pesquisas realizadas por instituições de referência no assunto apontam que o tabaco ocupa o segundo lugar no ranking de drogas mais experimentadas no Brasil. Além disso, seu uso está associado ao aparecimento de mais de 50 doenças. Podemos usar como exemplo o câncer de pulmão – o mais comum de todos os tumores malignos. São mais de 30 mil novos casos por ano, segundo dados do INCA, e o tabagismo é o principal fator de risco.
Ao mesmo tempo, em relação a doenças cardiovasculares, ele também se figura entre os vilões: há um risco aumentado de derrames cerebrais, infarto e hipertensão associado ao tabagismo. Além disso, ele contribui para o aparecimento de outras enfermidades, como infecções respiratórias, infertilidade e distúrbios gastrointestinais.
O que leva as pessoas ao hábito de fumar?
O hábito de continuar a fumar está ligado diretamente às substâncias encontradas no tabaco e na nicotina, que é a principal responsável por causar a dependência. Por ser uma substância psicoativa, ela provoca uma sensação de prazer no organismo, fazendo com que o usuário precise de doses cada vez maiores – e aí está a grande dificuldade de largar o hábito de fumar.
Há diversos produtos derivados do tabaco, entre eles o cigarro, o fumo de cachimbo, os narguilés e os dispositivos eletrônicos – mas nenhum deles é seguro ou isento de dano. O cigarro, por exemplo, está bastante associado a momentos de descontração e à curiosidade – alguns dos motivos pelos quais a maioria dos fumantes tornam-se dependentes antes dos 19 anos. Além disso, o baixo custo e o fácil acesso favorecem esse processo de uso e descoberta.
5 dicas para ajudar quem quer parar de fumar
O incentivo da família e o suporte profissional são passos essenciais para o sucesso na luta contra o tabagismo. Confira nossas dicas:
- Não use frases desmotivadoras: O incentivo tem um resultado efetivo no processo. Uma comunicação positiva é combustível para o progresso e estimula a quem precisa largar o vício. Um bom exemplo de suporte e acolhimento diz respeito à atuação da enfermagem, através do aconselhamento e incentivo no tratamento do paciente.
- Preste atenção nos progressos: Não subestime a importância dos pequenos passos. Substituir o café e o álcool – hábitos que são normalmente relacionados ao uso de cigarros – por chás e sucos, realizar pequenas modificações na rotina para fugir dos gatilhos e apostar em leves caminhadas são atitudes simples, mas que fazem a diferença no dia a dia de quem quer parar de fumar.
- Incentive a busca por orientação médica e psicológica: Encare o tabagismo como uma doença, incentivando a busca por profissionais qualificados para dar o acompanhamento correto. Os profissionais da enfermagem são importantes fontes de conscientização, orientando para a prevenção, hábitos saudáveis e sobre o desenvolvimento de doenças decorrentes do uso do tabaco.
- Não recrimine as recaídas: A mudança nunca é uma tarefa fácil. As recaídas acontecem e são esperadas nesse processo – e elas podem e devem ser superadas. Um bom suporte emocional deve garantir que, quando essas situações ocorrerem, as pessoas não sejam criticadas por isso.
- Uma missão possível: O percentual de adultos fumantes no Brasil vem apresentando uma queda significativa nas últimas décadas. Esse resultado reforça a importância de políticas de controle do tabagismo e mostra efeitos positivos expressivos – em 1989, 34,8% da população acima de 18 anos era fumante e, em 2019, esse número baixou para 12,6%, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS).
Para aqueles que precisam dar apoio a alguém nesse processo, é importante reforçar que qualquer dependência é difícil de ser enfrentada porque envolve não apenas as questões físicas do organismo, como também psicológicas.
São diversos os caminhos possíveis para uma vida longe do tabagismo, e cada pessoa vai encontrar uma estratégia que funcione melhor para ela. Entretanto, quando se pode contar com o suporte de amigos, familiares e auxílio profissional, é possível ter menos dificuldades e mais chances de sucesso.
Mas e você? Conhece alguém que precisa de suporte para parar? Compartilhe este artigo!
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