Antes de tudo, em 2 de julho é celebrado o Dia Nacional do Hospital. Não é uma comemoração ao espaço físico, mas à importância do hospital para a sociedade. Segundo levantamento de 2018 da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), há cerca de 6.820 unidades de saúde em todo o território nacional.
Historicamente, os primeiros hospitais foram construídos em 431 a.C., no Ceilão (atual Sri Lanka). Na Europa, os romanos criaram por volta de 100 a.C., mas no século IV, os hospitais se expandiram com os religiosos.
No Brasil, o primeiro hospital foi a Santa Casa de Misericórdia de Olinda, em 1540, que funcionou até 1630. O mais antigo em atividade é a Santa Casa de Misericórdia de Santos/SP, de 1543.
É no hospital que se concentra a maior expressão de trabalho da saúde. São médicos, enfermeiros, radiologistas, biomédicos e vários outros profissionais.
Ou seja, o hospital é o coração do serviço em saúde. É onde se promove a recuperação, a reabilitação e o treinamento de futuros profissionais, entre os quais destacamos os enfermeiros. E, a seguir, vamos explorar a importância do hospital para a enfermagem.
Quais são os tipos de hospitais onde atuam os enfermeiros?
Todo tipo de hospital precisa de enfermagem. Ou seja, os hospitais de pequeno, médio ou grande porte, mensurados pelo número de leitos – respectivamente 50, 150 e 500. Outra diferenciação é a categoria ou perfil hospitalar, onde se destacam:
- Clínicas básicas, que possuem a maioria das especialidades médicas e cirúrgicas, com Pronto-Socorro.
- Geral, destinado a atendimentos em assistência sanitária as quatro especialidades básicas.
- Especializado, ou seja, que presta assistência de saúde em determinadas especialidades.
- Hospital de urgência, que contam com recursos tecnológicos e humanos para urgências e emergências clínicas ou cirúrgicas nas principais áreas.
- Universitário e de ensino e pesquisa, em outras palavras, vinculado às universidades, com objetivos de formação, atualização e pesquisa.
Ao mesmo tempo, cada hospital apresenta um nível de complexidade:
- Baixa. São pequenos centros onde são feitos exames e consultas rotineiros, imunizações e controle de doenças etc. Por exemplo: posto de saúde.
- Média. Esse modelo conta com ambulatórios e laboratórios mais avançados para especialidades e casos agudos ou crônicos. Por exemplo: UPAs e UBSs.
- Alta. Destinadas a casos mais delicados onde há estruturas humanas, tecnológicas e cirúrgicas maiores. Por exemplo: O Hospital IGESP, onde são feitos os estágios da FASIG.
Então, a título de curiosidade, vale citar outras subcategorias como local, regional, estadual ou nacional. Tem ainda o regime de propriedade: público, privado, privado com fins lucrativos e privado sem fins lucrativos (beneficentes ou filantrópicos).
A importância do hospital X desafios da enfermagem no Brasil
Não é segredo que a saúde apresenta problemas infraestruturais em vários hospitais. Limitações de limpeza, de equipamentos, de recursos. Poucos leitos e emergência lotada mesmo antes da pandemia. Os exames demoram, as filas de esperas são longas e o corpo médico insuficiente. Então, esses conflitos refletem na qualidade de trabalho dos profissionais de enfermagem.
Entretanto, a situação tende a melhorar. O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), tem levantado as principais questões para negociar com as autoridades políticas. Entre os temas debatidos pela classe, constam por exemplo, piso salarial, jornada de trabalho e repouso.
De um modo geral, a formação dos enfermeiros tem se adaptado para oferecer um atendimento melhor e humanizado, a fim de suavizar as falhas sistêmicas de saúde pública e privada.
Além disso, o cenário pandêmico aumentou a visibilidade de diversas fragilidades estruturais que agora tendem a entrar em debate para o desenvolvimento de soluções no decorrer dos próximos anos. Então, tal evolução será indispensável, considerando o aumento da expectativa de vida da população do país.
Qual é o papel da enfermagem no ambiente hospitalar?
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), nos seis primeiros meses de 2020, ou seja, ao início da pandemia de Coronavírus, foram contratados 37.296 enfermeiros no Brasil. Por exemplo, isso representa de 155,3% em relação ao mesmo período de 2019.
Além da pandemia, tal crescimento vem da necessidade por múltiplas funções na área hospitalar, bem como:
- Triagem;
- Troca de curativos;
- Verificação de prontuários;
- Controle e prevenção de infecções hospitalares;
- Preparação de pacientes para todo tipo de exame;
- Aspiração endotraqueal;
- Suporte ao paciente desacordado;
- Orientações de prevenção e conscientização;
- Liderança de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares).
No geral, a enfermagem hospitalar está mais presente nas áreas:
- Unidade de internação;
- Unidade de terapia intensiva (UTI);
- Maternidade;
- Ambulatório e medicação;
- Setor de coletas laboratoriais;
- Pronto-socorro e resgate;
- Central de material esterilizado;
- Centro cirúrgico.
Saiba que as atividades são diversificadas e nem todas foram listadas! A enfermagem tem quase sessenta especialidades e subespecialidades, onde a maioria está relacionada aos hospitais 24 horas!
A importância do hospital para o desenvolvimento da saúde
Sem dúvidas, o desenvolvimento da saúde depende da integração de fatores por meio do hospital, onde se combinam atividades multidisciplinares que garantem a execução dos atendimentos.
Portanto, cabe aqui a importância dos administradores, seguranças, faxineiros e engenheiros clínicos que viabilizam a sustentação de toda infraestrutura material e humana.
Então, por essas e outras razões, o hospital é um celeiro de experiências científicas e sociais. Um agente conscientizador de questões clínicas. O conhecimento acumulado nos hospitais é tão grande, que inúmeras vivências são convertidas em ensino e pesquisa.
A importância do hospital não caberia em apenas um artigo! Então aproveite para conferir as nossas outras publicações no nosso blog!