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Combate à aids: qual é o papel do profissional de saúde nessa missão?

Profissionais de saúde tem papel essencial no combate à aids pelo mundo

O combate à aids é um assunto cada vez mais comum na sociedade, não se restringindo apenas ao Dezembro Vermelho. Aliás, os profissionais de saúde são alguns dos grandes responsáveis por essa conquista, oferecendo informações confiáveis que ajudam a derrubar tabus sobre a doença.

No entanto, fato é que ainda há muito a ser feito não apenas em termos de “desmistificar” a aids, mas para contribuir no auxílio à prevenção e aos tratamentos.

Por conta disso, criamos esse artigo para que você possa conferir um panorama nacional e global da aids, bem como algumas estratégias para auxiliar na prevenção dessa enfermidade.

Os números da aids no Brasil e no mundo

Registrada pela primeira vez em 1981, a aids ocupa o quarto lugar na lista de epidemias e pandemias mais mortais na história. De acordo com o programa da Organização das Nações Unidas (ONU) para a doença, o UNAIDS, o vírus causou 40,1 milhões de mortes no mundo até 2021.

Para se ter uma ideia do que esse número significa, corresponde a aproximadamente 87% da população do estado de São Paulo.

Em linhas gerais, ao menos é possível notar que o número de vítimas fatais da doença caiu consideravelmente nas duas décadas passadas. Aliás, segundo o UNAIDS, esse índice global foi reduzido quase pela metade entre 2005 e 2017: de 1,9 milhão para um milhão.

Essa é uma marca considerável, sobretudo porque a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que o tratamento chegasse a 90% dos portadores do HIV ainda não foi atingida. Em junho de 2021, somente 28,2 milhões de pessoas no mundo tiveram acesso à terapia antirretroviral, 9,5 milhões a menos do que o desejado pela OMS.

Conforme dados do Ministério da Saúde, até o fim de 2020, 920 mil pessoas com HIV foram identificadas no Brasil, sendo que 77% já fazem o tratamento. Desse total, 94% não transmitem mais a doença.

Diante desses dados, vemos a necessidade de o assunto ser ainda mais divulgado, especialmente entre pessoas de 20 a 34 anos no país, que representam 52,9% dos casos de HIV. Logo, o papel do enfermeiro na luta contra a aids, bem como de outros profissionais, é contribuir ativamente para orientar como se prevenir, além de acolher os portadores do vírus.

Quinto paciente é curado, mas prevenção ainda é o melhor caminho

De fato, há inúmeros testes e estudos científicos em andamento no mundo sobre a aids, alguns com resultados muito promissores. Em um deles, divulgado em fevereiro de 2022 pela revista científica Nature Medicine, um homem de 53 anos foi curado da doença após ser submetido a transplante de células-tronco.

O procedimento foi realizado em 2014 para tratar uma leucemia mieloide aguda (LMA). Desde 2019, quando abandonou o tratamento com medicamentos antivirais, o paciente não apresentou mais vestígios do HIV, sendo classificado como “totalmente curado” por seu médico, o Dr. Björn-Erik Ole Jensen.

Contudo, é importante destacar que esse é apenas o quinto caso no mundo de extinção da doença em um paciente. E que, logicamente, ainda há um longo trajeto a ser percorrido na pesquisa e implementação de métodos altamente assertivos.

Sendo assim, a prevenção ainda é a ação mais confiável, e o profissional de saúde uma peça-chave nesse processo.

O profissional de saúde e o combate à aids pela prevenção

Embora possa soar como um clichê, a prevenção é indispensável no combate à aids. E por mais que a população já tenha escutado várias vezes sobre tais métodos, cabe ao enfermeiro e aos demais profissionais de saúde reforçarem pontos como:

  • Estímulo ao uso de preservativos (masculinos ou femininos);
  • Necessidade de esterilização de materiais perfurocortantes de tatuadores, body piercers, manicures etc;
  • Optar por seringas e agulhas descartáveis;
  • Utilizar luvas no contato com sangue e fluidos corporais de outras pessoas;
  • Em caso de transfusões de sangue, buscar saber se o material hemoderivado foi testado;
  • Identificar e destacar os riscos em populações mais vulneráveis à doença.

Ressalte a importância do teste rápido

De acordo com estimativas do Ministério da Saúde, cerca de 135 mil pessoas no país não sabem que possuem HIV. Esse é um número assombroso, e que revela o quanto a doença pode progredir silenciosamente entre a população.

Nesse sentido, além de todas as questões preventivas, cabe ao profissional de saúde salientar sobre a existência e a importância dos testes rápidos de HIV para as pessoas em geral.

Disponível em várias unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) pelo país, o teste rápido identifica, em até uma hora, os sinais da presença do HIV no sangue. Vale destacar a elevada segurança desse método, conhecida há muitos anos, com uma sensibilidade mínima de 99,5% e eficiência de 99%.

Desse modo, a recomendação é de que as pessoas testem regularmente, principalmente se houver algum risco de exposição ao vírus.

E para quem convive com vírus? O que o profissional de saúde pode fazer?

Apesar dos incontestáveis avanços ao longo dos últimos anos, o tema aids ainda possui barreiras em nossa sociedade. Por este motivo, os portadores do HIV necessitam de muito apoio psicológico para enfrentar a situação.

Logo, uma postura mais acolhedora e atenciosa por parte dos profissionais de saúde, como os enfermeiros, humaniza o atendimento e aumenta as chances de o paciente seguir o tratamento da maneira certa.

Tal recomendação não é feita por acaso. De acordo com um estudo por uma equipe de cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual da Pensilvânia, em 2021, pessoas com o vírus da aids são 100 vezes mais propensas a cometer suicídio.

Também é importante salientar ao paciente a qualidade da Terapia Antirretroviral Gratuito (TARV) no Brasil. Além de ser referência mundial no combate à doença, segundo a ONU, o país possui uma das maiores coberturas de TARV entre os países de baixa e média renda do planeta.

Como resultado, mais da metade dos brasileiros com HIV recebem o apoio do SUS, sem custos.

Além disso, vale ressaltar que o Brasil também está na vanguarda científica do estudo da doença, seja com pesquisas nacionais ou no acompanhamento de pesquisas internacionais.  Prova disso é que, em 2021, a Anvisa aprovou uma medicação única e diária que vai simplificar muito o tratamento. Para o futuro, existe, entre vários estudos, uma medicação injetável bimestral em fase de aprovação.

Sua formação acadêmica faz a diferença no combate à aids

Informação e acolhimento são dois pontos fundamentais na prevenção e no tratamento à aids. E para ter acesso às melhores técnicas para desenvolver habilidades e conhecimento nesse contexto, uma formação acadêmica de qualidade faz muita diferença.

Na Graduação de Enfermagem da FASIG, o aluno conta com aulas práticas desde o início do curso, aprimorando sua vocação para oferecer um atendimento humanizado. Além disso, a faculdade possui um ensino em contato com as principais novidades da saúde, trazendo esses temas para discussão e prática em suas aulas.

E a FASIG oferece ainda cursos de pós-graduação que ajudam o aluno a aprimorar suas qualidades de gestão na área da saúde, resultando em benefícios a toda a comunidade profissional e pacientes.

 

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