Você sabe o que é biossegurança? É um conjunto de ações aplicadas na prevenção, eliminação ou diminuição de riscos relacionados às atividades dentro de hospitais, clínicas, laboratórios e centros de saúde. Essas ações buscam proteger os profissionais da área e os pacientes de todos os riscos causados ao meio ambiente e à saúde das pessoas.
Diferente do que muitos possam imaginar, os profissionais de saúde são os que estão mais expostos aos riscos em seus locais de trabalho. Por isso, devem sempre estar atentos às regras de biossegurança. Nas instalações laboratoriais, por exemplo, há riscos biológicos e químicos, que podem ser ocasionados por agentes como o calor, ruídos, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, pressões anormais, entre outros.
Em caso de acidentes com material biológico, é importante que o local seja imediatamente lavado para que não haja contato ou lesão da área atingida. Posteriormente, realizar procedimentos para análise do acidente.
Mas, neste caso, quais as medidas a serem tomadas?
Na biossegurança hospitalar as medidas são simples e podem ser aplicadas na conscientização dos profissionais sobre higienização e técnicas assépticas. A desinfecção total do ambiente deve ser feita diariamente ou no final de cada turno. Os aparelhos de ar-condicionado devem ser limpos e desinfetados, ao menos, uma vez por semana. Uma medida importante é o uso de equipamento de proteção individual, conhecidos também como EPIs, o que contribui na assistência ao paciente.
Uma das principais normas de biossegurança em hospitais, clínicas e laboratórios é uma regra que aprendemos desde cedo: a higienização das mãos. Elas devem ser lavadas sempre antes de qualquer preparação ou utilização de medicamentos e contato com o paciente, pois as bactérias resistentes se proliferam e, normalmente, são encontradas no ambiente hospitalar, causando infecções hospitalares.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), medidas simples, como a higienização das mãos, são decisivas na atenção à saúde e essenciais para prevenir casos de infecção hospitalar – complicação evitável que acomete cerca de 14% dos pacientes brasileiros, podendo levá-los a óbito.
Com todas essas implicações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu a redução dos riscos de infecções associadas aos cuidados de saúde como uma das seis metas do programa Aliança Mundial para a Segurança do Paciente – e o uso correto da técnica de higiene das mãos está entre as estratégias mais eficientes para o controle do problema. Essas conclusões foram extraídas do estudo, realizado pela Universidade Federal de São Paulo (USP), que você pode conferir aqui: https://bit.ly/2NmF30r.
Outra atenção que os profissionais de saúde devem ter é com os equipamentos de proteção, como os jalecos e aventais. Seu uso é recomendado apenas no local de trabalho e não fora deste ambiente, em áreas públicas ou refeitórios e copas no interior da unidade de saúde. Já as luvas, devem ser usadas sempre que necessário e trocadas após cada procedimento. Depois que forem removidas, descartar no lixo correto, assim como todos os materiais que tiveram contato com resíduos biológicos.
Outro ponto que merece destaque é a atualização das carteiras de vacinação dos profissionais de saúde. As vacinas são umas das melhores formas de prevenção contra doenças infecciosas. Sendo assim, o uso de equipamentos de proteção individual é de grande importância, pois evita que microrganismos provenientes de clientes, através dos fluidos como o sangue, secreções ou excreções, venham a infectar o profissional.
É importante destacar também que os materiais perfurocortantes, como agulhas e tesouras, utilizados em cirurgias e em procedimentos ambulatoriais, por exemplo, devem ser esterilizados antes do uso, pois esses materiais podem transmitir HIV e hepatites, entre outras graves doenças.
Estes são apenas alguns exemplos de como a Biossegurança faz parte da rotina de suas atividades. Pois, mais do que uma conscientização, as precauções são regras e a legislação brasileira prevê diversas formas de punição para infrações, como advertência, multa, interdição do local, embargo de atividades, entre outras penalidades. Há, também, a possibilidade de suspender ou cancelar o registro do profissional ou a licença de funcionamento.
A aplicação das medidas de biossegurança assume um papel fundamental para a melhoria da qualidade da assistência à saúde, criando um ambiente seguro, tanto para o profissional, quanto para os usuários dos serviços de saúde.
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